Educação Climática, Agenda 2030 e a Carta da Terra, no sistema educacional do município de Itapema, Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14295/ambeduc.v29i3.17856Palavras-chave:
Mudanças climáticas. Percepção ambiental. Educação Ambiental. Engajamento climático. Itapema.Resumo
Climate Education, Agenda 2030 and the Earth Charter, in the educational system of a Brazilian municipality
O objetivo deste estudo é analisar a percepção dos estudantes de um município brasileiro sobre a Agenda 2030 e a Carta da Terra, bem como a sua relação com as alterações climáticas. O município em questão é Itapema, estado de Santa Catarina. A metodologia foi dividida em três etapas: identificação dos diferentes grupos de estudantes, aplicação de um questionário e análise dos dados usando a Escala Likert. Os resultados sugerem a necessidade de criar programas interdisciplinares que incluam o tema das mudanças climáticas na grade curricular dos alunos, como parte obrigatória dos conteúdos programáticos das disciplinas. Os estudantes demonstraram interesse em promover ações que amenizem os efeitos das mudanças climáticas e previnam o aumento das emissões de carbono. Contudo, esses jovens carecem de informações sobre como fazer isso, ignoram as metas nacionais e internacionais, bem como as ações que estão sendo desenvolvidas.
Downloads
Referências
BARBIERI, José Carlos. Desenvolvimento sustentável: Das origens à agenda 2030. [s.l.]: Editora Vozes, 2020.
HACKING, Elisabeth Barratt; CUTTER-MACKENZIE, Amy; BARRATT, Robert. Children as active researchers: The potential of environmental education research involving children. In: International handbook of research on environmental education. Routledge, 2013. p. 438-458.
BROWNLEE, Matthew T.J.; POWELL, Robert B.; HALLO, Jeffery C. A review of the foundational processes that influence beliefs in climate change: opportunities for environmental education research. Environmental Education Research, v. 19, n. 1, p. 1–20, 2013. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/13504622.2012.683389>. Acesso em: 16 abr. 2024.
BUCKERIDGE, Marcos Silveira. Mudanças climáticas, biodiversidade e sociedade: como a teoria de redes pode ajudar a compreender o presente e planejar o futuro? Revista Multiciência, n. 8, p. 88–107, 2007.
BUENO, C. S. Bioeconomía, debate actual y retos futuros. Economia Latinoamericana - ELA. Disponível em: <https://elatin2018.wixsite.com/econolatina/post/bioeconomía-debate-actual-y-retos-futuros>. Acesso em: 11 jun. 2024.
CORCORAN, Peter Blaze; OSANO, Philip M. (Orgs.). Young People, Education, and Sustainable Development: Exploring Principles, Perspectives, and Praxis. Wageningen: Wageningen Academic Publishers, 2009.
CORNER, Adam; ROBERTS, Olga; CHIARI, Sybille; et al. How do young people engage with climate change? The role of knowledge, values, message framing, and trusted communicators. WIREs Climate Change, v. 6, n. 5, p. 523–534, 2015. Disponível em: <https://wires.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/wcc.353>. Acesso em: 14 abr. 2024.
COSTA, FJ da. Mensuração e desenvolvimento de escalas: aplicações em administração. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, p. 90-106, 2011.
COSTA, Bruna. Os cenários costeiros e a distribuição do macrolixo praial em Governador Celso Ramos/SC-Brasil. 2021. Tese de Doutorado.
DIJKSTRA, E.M.; GOEDHART, M.J. Development and validation of the ACSI: measuring students’ science attitudes, pro-environmental behaviour, climate change attitudes and knowledge. Environmental Education Research, v. 18, n. 6, p. 733–749, 2012. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/13504622.2012.662213>. Acesso em: 16 abr. 2024.
DILLING, L.; MOSER, S. C. Communicating climate change: Closing the science‐action gap. In J. S. Dryzek, R. Norgaard, & D. Schlosberg (Eds.), The Oxford handbook of climate change and society (pp. 161–174). Oxford, UK: Oxford University Press. 2011.
DURÃO, B.F.; ALVES, L.C.R.; SILVA, D.L.; et al. Aligning Education with the 2030 Agenda: developing didactic practices following the Sustainable Development Goals (SDGs). In: Ensino e Aprendizagem de Conceitos e Processos Científicos. Caldas Novas, Goiás: [s.n.], 2023.
GADELHA, Carlos AG et al. Estagnação predatória ou desenvolvimento sustentável? SAÚDE É DESENVOLVIMENTO (p. 62). Rio de Janeiro: Fiocruz – CEE. 2022.
GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para o desenvolvimento sustentável. [s.l.]: Instituto Paulo Freire, 2008a. Disponível em: <https://acervo.paulofreire.org/handle/7891/3080>. Acesso em: 16 abr. 2024.
GADOTTI, Moacir. Agenda 21 e Carta da Terra. Revista Verde Grande: Geografia e Interdisciplinaridade, v. 1, n. 4, p. 128–136, 2008b. Disponível em: <https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrande/article/view/5976>. Acesso em: 9 jul. 2024.
IPCC. Intergovernmental Panel on Climate Change. Climate Change 2023: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Core Writing Team, H. Lee and J. Romero (eds.)]. IPCC, Geneva, Switzerland, pp. 1-34, 2023. Disponível em: <10.59327/IPCC/AR6-9789291691647.001 >.
KOLLMUSS, Anja; AGYEMAN, Julian. Mind the Gap: Why do people act environmentally and what are the barriers to pro-environmental behavior? Environmental Education Research, v. 8, n. 3, p. 239–260, 2002. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/13504620220145401>. Acesso em: 16 abr. 2024.
KRONEMBERGER, Denise Maria Penna. Os desafios da construção dos indicadores ODS globais. Ciência e Cultura, v. 71, n. 1, p. 40–45, 2019. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0009-67252019000100012&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 16 abr. 2024.
KUTHE, Alina; KELLER, Lars; KÖRFGEN, Annemarie; et al. How many young generations are there? – A typology of teenagers’ climate change awareness in Germany and Austria. The Journal of Environmental Education, v. 50, n. 3, p. 172–182, 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/00958964.2019.1598927>. Acesso em: 14 abr. 2024.
LOMBARDI, Doug; SINATRA, Gale M. College Students’ Perceptions About the Plausibility of Human-Induced Climate Change. Research in Science Education, v. 42, n. 2, p. 201–217, 2012. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s11165-010-9196-z>. Acesso em: 16 abr. 2024.
LUNA, Sandra Margarita Maldonado. Manual Práctico Para El Diseño De La Escala Likert. Xihmai, v. 2, n. 4, 2007. Disponível em: <https://revistas.lasallep.edu.mx/index.php/xihmai/article/view/101>. Acesso em: 9 jul. 2024.
MCKENZIE, Marcia. Climate change education and communication in global review: tracking progress through national submissions to the UNFCCC Secretariat. Environmental Education Research, v. 27, n. 5, p. 631–651, 2021. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/13504622.2021.1903838>. Acesso em: 9 jul. 2024.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Carta da Terra. Online, 2010. Disponível em: <https://antigo.mma.gov.br/o-ministerio/quem-e-quem/item/8071-carta-da-terra.html>.
NAKICENOVIC, N.; SCHULZ, N. B. World in Transition - A Social Contract for Sustainability [Welt im Wandel: Gesellschaftsvertrag fuer eine Grosse Transformation]. WBGU: Flagship Report 2011, 2011. Disponível em: <http://www.wbgu.de/en/flagship-reports/fr-2011-a-social-contract>. Acesso em: 10 jul. 2024.
OJALA, Maria. Hope and climate change: the importance of hope for environmental engagement among young people. Environmental Education Research, v. 18, n. 5, p. 625–642, 2012. Disponível em: <http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13504622.2011.637157>. Acesso em: 14 abr. 2024.
OJALA, Maria; LAKEW, Yuliya. Young People and Climate Change Communication. In: Oxford Research Encyclopedia of Climate Science. [s.l.: s.n.], 2017. Disponível em: <https://oxfordre.com/climatescience/display/10.1093/acrefore/9780190228620.001.0001/acrefore-9780190228620-e-408>. Acesso em: 16 abr. 2024.
PEREIRA, Guilherme Henrique Almeida; GUERRA, Fernando Mendes; FONSECA, Lana Cláudia De Souza; et al. A Sociedade de Riscos na Crise de suas Representações: as percepções ambientais de professores do Ensino Básico. Ciências Humanas e Sociais em Revista, v. 35, n. 2, p. 20–34, 2013. Disponível em: <http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/chsr.2014.035>. Acesso em: 14 abr. 2024.
POLANYI, Karl. A Grande Transformação: As Origens da Nossa Época. [s.l.]: Elsevier Brasil, 2013.
SANTINI, Rose Marie et al. Negacionismo climático e desinformação online: uma revisão de escopo. Liinc em revista, v. 18, n. 1, p. e5948-e5948, 2022.
STEVENSON, Robert B.; NICHOLLS, Jennifer; WHITEHOUSE, Hilary. What is climate change education? Curriculum perspectives, v. 37, p. 67-71, 2017.
SUSKI, Cássio Aurélio; SANTOS, Débora Magna; PACHECO, Diego; et al. Estratégias para elevação dos índices de permanência na educação básica, técnica e tecnológica. Scientia Vitae, v. 11, n. 33, 2021.
SUSKI, C. A.; LUIZ, B. V. Análise de ciclo de vida dos processos de valorização de resíduos sólidos domiciliares em Florianópolis (SC) para redução de gases de efeito estufa. Metodologias e Aprendizado, [S. l.], v. 2, p. 35–39, 2019. DOI: 10.21166/metapre.v2i0.1299. Disponível em: https://publicacoes.ifc.edu.br/index.php/metapre/article/view/1299. Acesso em: 22 jun. 2024.
UNESCO. Década das Nações da Educação para o Desenvolvimento Sustentável 2005 – 2014. Brasília: UNESCO, 2005.
UNESCO. Relatório de monitoramento global da educação, resumo, 2023: a tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem? - UNESCO Digital Library. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000386147_por>. Acesso em: 14 abr. 2024.
UNICEF. Crianças, Adolescentes e Mudanças Climáticas no Brasil. UNICEF para cada criança. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/relatorios/criancas-adolescentes-e-mudancas-climaticas-no-brasil-2022>. Acesso em: 10 jul. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alesandra Bez Birolo, Cássio Aurélio Suski, Oldemar de Oliveira Carvalho Junior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os (as) autores(as) que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Os (as) autores(as) mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações (CC BY-NC-ND 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Os (as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Os (as) autores(as) têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) em qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.