Educação Ambiental: melhorando a qualidade das cidades

Autores/as

  • Caio Marcello Recart da Silveira

Palabras clave:

Educação ambiental, participação, cidades, qualidade ambiental, qualidade de vida.

Resumen

As cidades tornaram-se, definitivamente e com tendências crescentes, a morada do homem moderno. O século XX pode ser considerado como aquele cuja principal característica está representada pela “revolução urbana” (Relatório Nosso Futuro Comum, 1991) sempre crescente e que viria a caracterizar as nossas cidades como o espaço geográfico representativo do modelo de desenvolvimento urbano-industrial. As cidades, conforme Park (1967) são o habitat do homem civilizado. Não se consegue mais dissociar o homem, a natureza e a sociedade do contexto representado pelas cidades, que, cada vez mais, atuam como dinamizadoras da economia e como elementos de concentração de todas aquelas atividades inerentes à tríade mencionada. O homem, inicialmente adotando uma postura de comunhão interativa com o meio natural, com o evoluir de suas condições e circunstâncias advindas, mudou para uma posição mais distanciada, ou seja, adquiriu características não mais de interação, mas sim de dominação. A racionalidade materialista, antropocêntrica e humanista esqueceu-se de filosofias egocêntricas e voltadas ao equilíbrio do meio, entendido este como sendo composto por “todas” as formas de vida. Especificamente no caso brasileiro, passamos de uma nação agrícola para uma industrial, de um país monoprodutor e monoexportador agrícola para uma nação pluriprodutora e pluriexportadora industrializada, de uma nação do campo para uma população predominantemente urbana. É importante ressaltar que isso aconteceu num período aproximado de cinco décadas, e que, como tal, o processo de urbanização decorrente foi atropelado pelas inúmeras modificações decorrentes da industrialização urbana e do afluxo populacional decorrentes deste processo e outras circunstancias relacionadas. Esta urbanização apresenta uma série de situações internas e externas, não sendo estas caracterizadas pela contrariedade (antagonismo); isso sim, com profundas características de complementaridade que se pode perceber numa leitura sistêmica em que se apresentam as conseqüências destas no habitat do homem, qual seja, a cidade. É interessante vislumbrarmos este espaço, a contexto onde coexistimos. A nossa capacidade de aprender, e os meios que efetivem este aprendizado, são responsabilidade de todos, cumprindo ao Governo a responsabilidade maior de articular parcerias que proporcionem aos cidadãos o acesso ao conhecimento dos aspectos ambientais envolvidos com a sua cidade e qualidade de vida. e esta última depende da qualidade das cidades. Assim, cumpre à Educação Ambiental e a toda a sociedade – Governo, empresas e população em geral – a responsabilidade de mudar nossa percepção cultural e, decididamente, conjugar esforços para uma mudança de atitudes em prol do melhoramento da qualidade ambiental e de vida em nossas cidade.

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Biografía del autor/a

Caio Marcello Recart da Silveira

Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Possui doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004).

Mais informações: Currículo Lattes

Publicado

2009-11-11

Cómo citar

Silveira, C. M. R. da. (2009). Educação Ambiental: melhorando a qualidade das cidades. Ambiente & Educação: Revista De Educação Ambiental, 5. Recuperado a partir de https://periodicos.furg.br/ambeduc/article/view/1094

Número

Sección

Artigos