EDUCAÇÃO AMBIENTAL E POVOS TRADICIONAIS

uma abordagem crítico-transformadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v33i3.17001

Palavras-chave:

Dialogicidade, Ancestralidade, Práticas econômicas e culturais tradicionais

Resumo

Vivemos período histórico em que é determinante um modelo de desenvolvimento baseado em expropriações territoriais e na destruição ambiental, mesmo diante de iniciativas de reversão, ampliando disputas entre frações de classes que dominam o processo político-econômico e agentes sociais que possuem formas de sociabilidade comunais de se relacionar com a terra e de criar suas existências organicamente vinculadas à natureza. Os conflitos e tensões territorializados trazem a necessidade de educadores e educadoras se posicionarem política e epistemologicamente, com rebatimento nas práticas pedagógicas. O presente artigo constitui-se em um ensaio teórico sobre a educação ambiental com povos tradicionais, destacadamente sobre as categorias diálogo e ancestralidade nesse fazer, no qual se assume a necessidade de se realizar o ato educativo crítico-transformador com aqueles que resistem e existem em seus modos de vida e que apresentam alternativas concretas às formas de sociabilidade e de educação hegemônicas.

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Biografia do Autor

Carlos Frederico B. Loureiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Rio de Janeiro/RJ

Atualmente é professor titular da faculdade de educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisador 1C do CNPq, professor do programa de pós-graduação em educação (PPGE) da UFRJ.

Mais informações: Currículo Lattes

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

Loureiro, C. F. B. (2024). EDUCAÇÃO AMBIENTAL E POVOS TRADICIONAIS: uma abordagem crítico-transformadora. Momento - Diálogos Em Educação, 33(3), 123–138. https://doi.org/10.14295/momento.v33i3.17001