PRÁTICAS ARTÍSTICAS ENTRELAÇADAS

estratégias, redes, afetos

Resumo

Perante os desafios que nos movem à ação nos nossos contextos, a questão das nossas próprias práticas artísticas, estratégias e networking interpela-nos de forma especial: qual é o potencial crítico das nossas práticas artísticas; Com quem os compartilhamos e como os habitamos? Daí surge um núcleo de questões que se tornam o gatilho que nos leva a refletir a partir de nossa própria experiência, levando em conta o método etnográfico e assumindo nossa própria biografia como lugar de observação e conhecimento: como foi o processo de auto-reconhecimento como artistas ? A partir de quais práticas artísticas específicas estabelecemos relações, vínculos e afetos com a comunidade que habitamos? Como tecemos nossas próprias práticas? Como é que essa história construída coletivamente e no campo da criatividade questiona um sistema de arte que reproduz sobreposições opressões? As coordenadas teóricas que nos ajudam a tornar mais compreensível nossa experiência compartilhada no desafio de nos nomearmos artistas feministas, reunidas em uma rede transdisciplinar e transnacional, incluem teóricas como Andrea Giunta (2018), Breny Mendoza (2023), Rita Segato (2018 ), María Galindo (2022) e Raquel Gutiérrez (2022), entre outros. O artigo encerra com uma série de reflexões finais sobre a experiência individual como fonte de conhecimento, as formas de amizade como caminho crítico, a recuperação do corpo-território como slogan e o vínculo afetivo como estratégia.