NARRATIVAS PARA ALÉM DA PALAVRA
derivas (auto)biográficas e poéticas na educação
DOI:
https://doi.org/10.14295/momento.v33i3.17702Palavras-chave:
Narrativa, Poética, ExperiênciaResumo
Este texto de cunho narrativo é um convite a que possamos pensar e sentir sobre possibilidades outras de pesquisar e conversar acerca de nossas práticas educativas e investigativas em educação. Investigar narrativamente nossas práticas, flerta com uma escrita e uma escuta atenta e amorosa, apostando nas narrativas como possibilidade de potencializar as práticas educativas, estudos e experiências nos/dos/com os cotidianos e os saberes e fazeres que acontecem nas universidades e nas escolas. Neste sentido, o presente artigo tece reflexões sobre o devaneio como proposta de artesania narrativa, a deriva como possibilidade de ressignificar o vivido e a própria narrativa como um fazer poético. Investigar narrativamente o que se passa no cotidiano, tomando a prática como centralidade, é colocar a experiência do sujeito no centro do debate. Somos constituídas de histórias, únicas e singulares, narramos nossas experiências e memórias, compartilhamos saberes e conhecimentos buscando tecer outras reflexões teórico-metodológicas ao nos reinventarmos através da narrativa, em um processo de (auto)formação pessoal em conversa com a memória individual e coletiva. Uma formação singular habitada por muitas “pessoinhas”, com nossas histórias e biografias singulares e plurais, individuais e coletivas, pois somos feitas de histórias, de muitas histórias passadas, presentes e futuras. Viver de utopias, sonhos, devaneios, metáforas, presenças, ausências, atravessamentos, encantamentos, é um convite a investigar e compartilhar narrativamente essas experiências.
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