Dossiê Masculinidades nos espaços-tempos educacionais
Dossiê Masculinidades nos espaços-tempos educacionais
Chamada para publicação no v. 13, n. 2, jul./dez. 2025
PRAZO PARA ENVIO: 15 DE AGOSTO 2025
Nos últimos trintas anos, pesquisas relativas a diversos campos do saber, como da educação, antropologia, sociologia, saúde coletiva, psicologia entre outras, têm focalizado os estudos sobre homens e masculinidades. Esse debate se intensificou na sociedade contemporânea, sobretudo a problemática sobre a desconstrução do que vem sendo convencionalmente chamado de “masculinidade tóxica”. Por meio dos estudos intersecionais, caminhamos para o entendimento de que as linhas de poder e de opressão são múltiplas e que não se pode compreender as masculinidades sem levar em consideração seus atravessamentos relativos às identificações de classe social, raça, orientação sexual, território e idade, como também as transmasculinidades e as masculinidades femininas. No dossiê intitulado Masculinidades nos espaços-tempos educacionais, nos interessa pensar em que medida os processos formativos escolares e não escolares, participam da circulação dos sentidos atribuídos às masculinidades na contemporaneidade. Destacamos que, no campo da educação, as pesquisas sobre masculinidades se encontram em desenvolvimento e em busca de consolidação na sua vasta produção acadêmica sobre gênero e sexualidade. Suas interlocuções têm buscado diálogo com as vertentes teóricas críticas e pós-críticas, problematizando a multiplicidade de sentidos atribuídos ao masculino nas instituições educacionais, nos cotidianos escolares, nas práticas pedagógicas, nas políticas públicas de educação, nas pedagogias culturais, além do próprio atravessamento das tecnologias digitais em rede na constituição de diferentes saberes-poderes. Assim sendo, o presente número da revista almeja reunir trabalhos que analisem e problematizem a produção social, histórica, política e cultural dos estudos sobre homens e masculinidades no campo da educação, por meio de contribuições que dialoguem com as perspectivas epistemológicas críticas, pós-estruturalistas, pós-coloniais e decoloniais.
Organizadores:
Leandro Teófilo de Brito (PPGE-UFRJ) - Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); coordena o Grupo de Estudos sobre Masculinidades e Educação (GEMasc), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE-UFRJ). Formação em Licenciatura em Educação Física e Mestrado em Educação pela UFRJ; Doutorado e Pós-doutorado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Interesse de pesquisa nas temáticas de gênero e sexualidade, com focalização nos estudos sobre homens e masculinidades.
Paulo Melgaço da Silva Junior (PPGEAC - UNIRIO) - Professor e vice diretor na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (Theatro Municipal do Rio de Janeiro); Professor de Arte na Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias, Professor Colaborador no PPGEAC -UNIRIO. Pós-Doutorado em Educação pela UFRJ (2018); Doutor em Educação pela UFRJ (2014); Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Baixada Fluminense - FEBF/UERJ (2008). Atua principalmente nos seguintes temas: currículo, educação fundamental, raça, sexualidades, masculinidades, artes e dança
Dilton Ribeiro Couto Junior (UERJ) - Professor Adjunto no Departamento de Estudos Aplicados ao Ensino (DEAE) da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Líder do Grupo de Pesquisa Juventude, Educação, Gênero e Sexualidade na Cibercultura (JEGESC). Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) da UERJ e no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da UERJ. Doutor e mestre em educação pelo ProPEd/UERJ. O primeiro pós-doutorado (bolsa CNPq/PDJ) foi realizado no ProPEd/UERJ e o segundo pós-doutorado (bolsa CAPES/PNPD) no PPGECC/UERJ. Seus interesses de pesquisa incluem as discussões de gênero e sexualidade alinhadas às epistemologias queer e os processos comunicacionais engendrados por práticas sociais mediadas por tecnologias digitais em rede.