Chamada de publicação para 2024

24-04-2023

v. 12, n. 1, jan/jun 2024

Envio de textos até 30 de abril de 2024.

Dossiê: Juventudes Contemporâneas – articulações com os Estudos Culturais, Gênero e Sexualidade

Dra. Carin Klein – Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Dra. Daniela de Azevedo Prates  Instituto Federal  de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-riogandense- (IFSul)

Dra.  Juliana Ribeiro de Vargas  Universidade Fedearl do iRo Grande do Sul  (UFRGS)

Ao partimos da compreensão das juventudes como um construto cultural, histórico, aberto, plural, polissêmico, na medida em que é atravessada por diversos marcadores culturais, no âmbito das relações sociais, interessa-nos congregar nesse dossiê pesquisas sobre as juventudes contemporâneas tendo como áreas de concentração: os Estudos Culturais em Educação, os Estudos de Gênero e Sexualidades, bem como, as análises de autores/as pós-estruturalistas, como Michel Foucault. A fim de contribuir com os estudos nessa área, propomos envolver investigações sobre as juventudes que problematizem as práticas pedagógicas, as instâncias educativas, os artefatos culturais que repercutem e atuam na sua constituição, investindo principalmente, nos ensinamentos produzidos e veiculados sobre corpo, gênero e sexualidade. Compreender e examinar os lugares da cultura, tais como: brinquedos, academias, filmes, séries, músicas, escolas, literatura, revistas, jornais, propagandas, internet, políticas públicas etc. como locais que forjam sujeitos e subjetividades tornam-se interesses desse dossiê: Que saberes e práticas são acionados na produção das juventudes contemporâneas? Quais são os ensinamentos e imperativos que os artefatos analisados buscam constituir para as juventudes? Quais características, comportamentos, habilidades e capacidades esses indivíduos necessitam incorporar? Como o gênero e a sexualidade atravessam e constituem as juventudes? Que atravessamentos e incorporações de gênero e sexualidade estão presentes nas próprias instituições, campos de saber, símbolos e normas relacionadas às juventudes? Quais as implicações do consumo e da cultura do consumo nos processos educativos que formam os sujeitos jovens contemporâneos? Como operam as estratégias biopolíticas e os modos de governar as condutas dos indivíduos interpelados nas sociedades neoliberais? Como gênero e sexualidade, em intersecção com outros marcadores sociais, como raça, escolaridade, religião, pertencimento social, tornam-se centrais nas disputas cotidianas? De que formas podem-se produzir críticas, tensionamentos e intervenções capazes de ampliar compreensões binárias e heteronormativas para as juventudes?

v. 12, n. 2, jul/dez 2024

Envio de textos até 30 julho de 2024.

Gêneros e sexualidades: práticas e pesquisas desobedientes e libertárias na educação em ciências e na educação matemática

Dr. Sandro Prado Santos - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Dra. Bettina Heerdt - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Dra. Fabiana Aparecida de Carvalho - Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Dr. Yonier Alexander Orozco Marin - Universidade Federal do Norte de Tocantins (UFNT)

Abordar e construir práticas relacionadas com as diversidades sexuais e de gênero nos contextos educativos implica desobediências, resistências e luta por liberdade. Nos últimos anos, intensificaram-se os discursos de perseguição e censura a essas pautas nas escolas, ao mesmo tempo que as violências contra as mulheres, LGBTIAPNB e outros grupos minorizados socialmente também se avolumaram. Tais discursos interseccionam-se com outros fenômenos atuais como o negacionismo científico, a desvalorização da ciência, a pós-verdade, o fomento à disseminação de fake news e de conspirações pseudocientíficas, ou seja, as práticas que conformam ataques às conquistas das classes menos favorecidas e aos meios que elas possuem para denunciar as desigualdades e violências vivenciadas. Nesse sentido, pautas em discursos conservadores e neoliberais se articulam para esvaziar a educação de seus sentidos de justiça social e de seu compromisso com a verdade.

Neste dossiê, propomos esperançar e apontar caminhos e possibilidades construídas em diversos cenários para (d)enunciar, compreender, questionar, superar e transformar as investidas necrófilas na educação, como, também, para enunciar as estratégias e produções que pluralizam práticas libertárias, inventivas e desobedientes das convenções, padronizações e da lógica fascistóide do poder. 

Propomos essa discussão em Educação em/nas Ciências e na Educação Matemática, por serem esses campos sobre os quais se colocam as expectativas de que as aprendizagens construídas pelas/os sujeitos contribuam para a formação cidadã e política, mas, concomitantemente, por serem essas as frentes mais afetadas pelas recentes políticas educativas.

Assim, este dossiê busca reunir trabalhos que se propõem transgredir as fronteiras sexuais, raciais, de gênero e de classe em diferentes níveis e modalidades da Educação das/nas Ciências e na Educação Matemática, sob variados enfoques teóricos e metodológicos. São bem-vindas contribuições ao dossiê relacionadas com as seguintes temáticas:

  • Gênero(s) e Educação em Ciências e Educação Matemática;
  • Sexualidade(s) e diversidade sexual e de Gênero na Educação em Ciências e Educação Matemática;
  • Feminismos e Educação em Ciências e Educação Matemática;
  • Educação antirracista e educação das relações etnicorraciais e a Educação em Ciências e Educação Matemática;
  • Decolonialidade na Educação em Ciências e na Educação Matemática.