ÂNIMOS JUVENIS E TRADIÇÃO LITERÁRIA
a imprensa estudantil no Maranhão oitocentista (1870-1900)
DOI:
https://doi.org/10.63595/momento.v34i3.19780Palavras-chave:
Imprensa de Educação e Ensino, Imprensa Estudantil, História da Imprensa do Maranhão, Imprensa OitocentistaResumo
Resumo: Apresenta os impressos organizados pelos estudantes no Maranhão que, imbuídos de ânimos
juvenis e tradição literária, trabalharam em prol do desenvolvimento intelectual de sua terra natal em
fins do século XIX. Para tanto objetiva-se identificar, resgatar e analisar as condições de produção,
circulação e apropriação da imprensa estudantil maranhense. A abordagem teórica e metodológica se
baseia nos pressupostos da História Cultural, com o aporte e cruzamento de informações da pesquisa
documental sobre fontes impressas principais (jornais estudantis) e auxiliares (imprensa diária local).
Os resultados da investigação registram a circulação de 22 jornalsinhos organizados por estudantes entre
os anos de 1870 e 1900. A imprensa estudantil maranhense foi materializada em pequenos jornais de
quatro páginas que tinham periodicidade irregular, no entanto a sua criação e manutenção envolveu
diversos atores e instituições sociais que tinham como objetivo utilizar os jornais como objeto contra a
apatia cultural e intelectual que se instauraram na Atenas Brasileira.
Palavras-chave: Imprensa de Educação e Ensino. Imprensa Estudantil. História da Imprensa do
Maranhão. Imprensa Oitocentista.
Downloads
Referências
AMARAL, G. L. Os impressos estudantis em investigações da cultura escolar nas pesquisas histórico-institucionais. Revista História da Educação, Pelotas, v. 06, n. 11, p. 117-130, jan./jun. 2002. Disponível em: https://seer.ufrgs.br. Acesso em: 03 fev. 2023.
AQUINO, M. J. F. de M. Organização e imprensa estudantil no Colégio de São Luiz e Liceu Maranhense: processo de formação de uma elite letrada (1948-1958). 2016. 170 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016.
BORGES, A. L. D. O livro e a leitura na imprensa maranhense de educação e ensino. 2017. 156 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2017.
BORRALHO, A. H. de P. A Athenas Equinocial: a fundação de um Maranhão no Império Brasileiro. 2009. Tese (Doutorado em História) Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, 2009.
CASTRO, C. A. C. (Org.). Leis e regulamentos da instrução pública no Maranhão Império: 1835-1889. São Luís: EDUFMA, 2009.
CASTRO, C. A.; CABRAL, M. C. dos S.; CASTELLANOS, S. L. V. A imprensa estudantil liceísta no Maranhão (1889-1900). Revista Brasileira De História Da Educação, Maringá, v.19, 2019. Disponível em: https://periodicos.uem.br/. Acesso em: 03 fev. 2022.
COSTA, Márcia Cordeiro. Em cena, o movimento estudantil acadêmico no Maranhão: 1930-1950. 2009. 121 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2009.
FURTADO, L. N. M. A imprensa estudantil liceísta maranhense na primeira República (1907-1930). 2016. 110 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2016.
JORGE, S. A Imprensa do Maranhão no Século XIX. São Luís: Lthograf, 2008.
LE GOFF, J. História e Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990.LIMA, C. Caminhos de São Luís (ruas, logradouros e prédios históricos). São Paulo: Siciliano, 2002. 244 p.
LOBO, A. Os Novos Atenienses: Subsídios para a História Literária do Maranhão. São Luís: Tipografia Teixeira, 1909.
LUCÁ, T. R. de. Fontes impressas: História dos, nos e por meio dos impressos. In: PINSKY, Carla Bassanezi et al. (Org.). Fontes históricas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008. Cap. 4.
MARCELINO, J. H. Dom Pedro II nos Estados Unidos: impressões do roteiro de um monarca viajante (1876). Epigrafe, São Paulo, v.10, n.1, p. 247-272, 2021.
MARCHETTI, D. El análisis sociológico de la producción de información mediática, Comunicación y Medios, Chile, n. 18, p. 19-29, 2008.
MARQUES, C. A. Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. Maranhão: Typographia do Frias, 1870.
MARTINS, M. B. Operários da Saudade: os novos atenienses e a invenção do Maranhão. São Luís: EDUFMA, 2006a.
MARTINS, A. L. M. Imprensa em tempos de Império. In: ___; LUCA, T. R. de (Org.). História da Imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2015b.
MATOS, F. B. M. Jornal Pacotilha: uma voz pela modernidade fin-de-siècle em São Luís, São Luís, Outros Tempos, vol. 18, n. 32, p. 398-407, 2021. Disponível em: https://outrostempos.uema.br/. Acesso: 03 fev. 2022.
MEIRELES, M. História do Maranhão. São Paulo: Siciliano, 2001.
MORAES, J. Apontamentos de Literatura Maranhense. São Luís: SIOGE, 1976.
MOREL, M. Os primeiros passos da palavra impressa. In: MARTINS, Ana Luiza; LUCA, Tania Regina de (Org.). História da Imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2015. Cap. 1.
NÓVOA, A. A imprensa de educação e ensino: repertório analítico (séculos XIX - XX). Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1993.
MUNARO, L. F. Rios e jornais: a dispersão da palavra impressa no interior do Amazonas. In: ____ (Org.) Rios de palavras: a imprensa nas periferias da Amazônia (1821-1921). Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2017. Cap. 1.
REGULAMENTO DO LYCEU MARANHENSE, 1893.
RIBEIRO, V. M. A Implantação do Ensino Secundário Maranhense: Liceu Maranhense. 2006. 144 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2006.
SANTOS, J. S. Os Livros Escolares de Autores Maranhenses na Imprensa Local (1860-1920). 2022. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Maranhão, 2022.
SCHWARCZ. L. M. As Barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. 2. ed. São Paulo: Companhia das letras, 1998.
SERRA, J. Sessenta anos de Jornalismo no Maranhão. Rio de Janeiro: Faro & Lino, 1883.
SOUZA, M. de A. Cultura Material no Lyceu Maranhense (1838-1889). 2022. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Maranhão, 2022.
VERÍSSIMO, J. Gonçalves Dias e o grupo maranhense. In: ___. História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: F. Alves, 1916 Cap. 11.
VIVEIROS, J. de. História do Comércio do Maranhão. São Luís: LITHOGRAF, 1992. Cap. 08.
WERLE, F. O. C. Humor e irreverência nos impressos estudantis de escolas normais rurais (rs, 1945-1983). Hist. Educ. (Online), Porto Alegre, v. 17, n. 40, p. 291-317, Maio/ago. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br. Acesso: 03 set. 2022.
FONTES DOCUMENTAIS – JORNAIS
A ALVORADA (1895). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
A ACTUALIDADE (1900). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
A ESCOLA (1878). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
A ESCHOLA (1891). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
A MOCIDADE (1875). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
DIÁRIO DO MARANHÃO. (1855-18919). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 26 set. 2021.
O ENSAIO (1890) Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
O ESTUDANTE. (1870). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
O IDEAL (1898).
O PAIZ. (1863-1886). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
O PORVIR (1895). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
PACOTILHA. (1880-1939). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 10 set. 2021.
REVISTA JUVENIL (1876). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
O SÉCULO (1889).
O SORRISO (1885). Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 16 out. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Momento - Diálogos em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
À Revista Momento − Diálogos em Educação, ficam reservados os direitos autorais, de todos os artigos nela publicados.
