A CULTURA DAS HUMANIDADES E A CULTURA DA CIENTIFICIDADE NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO SOB A PERSPECTIVA DA COMPLEXIDADE E DO PENSAMENTO COMPLEXO

Resumo

Ao longo dos últimos dois mil anos Conhecimento Científico foi acumulado com base nas idéias e concepções de Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico, Galileu entre outros. A partir do século XX quatro vertentes de pensamento predominam: a ideologia política; a biologia e a genética; a psicologia; e a Física pós-newtoniana, assim, atualmente se faz Ciência em um amplo contexto social, político, econômico, antropológico, ecológico etc. Porém ao buscarmos conhecimento e excelência na Ciência temos abandonado o contexto no qual a Ciência é realizada – por pessoas, em comunidades. Hoje, corporações controlam grande parte das descobertas científicas, assim como suas futuras aplicações. A Ciência se tornou, como nunca, um ato político, logo, é preciso adotarmos um pensamento multirreferencial, no qual o Conhecimento progride, principalmente através da capacidade de contextualizar e de globalizar. Essa capacidade necessita de uma cultura geral, diversificada e estimulada. A partir deste contexto apresenta-se neste trabalho uma reflexão acerca do Conhecimento Científico frente a cultura das humanidades e a cultura da cientificidade com abordagem fenomenológica sob a perspectiva do pluralismo epistemológico. Esta reflexão contempla a compartimentação e a disjunção entre culturas humanistas e cultura científica, acompanhadas pela compartimentação entre as diferentes Ciências e disciplinas, que conduz à especialização das Ciências de tal modo que somente especialistas podem acompanhar o ritmo e os detalhes do avanço de uma área de Conhecimento, como por exemplo a Física de partículas ou a Astrofísica. Este processo reflexivo tem por base a complexidade e o pensamento complexo.