TRAJETÓRIAS DA ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.14295/momento.v33i2.16921Palavras-chave:
Educação Especial, Educação profissional, Educação Inclusiva, Instituição Federal de Educação TecnológicaResumo
O texto apresenta e discute a materialidade da educação especial nos três Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Rio Grande do Sul: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar). Assim, apresentamos como pergunta: que lugar a educação especial ocupa na organização institucional dos IFs no Rio Grande do Sul, em seus diferentes níveis de oferta da educação profissional e tecnológica? Para isso, expomos a trajetória histórica dos IFs, caracterizamos os profissionais que atuam na educação especial e, posteriormente, investigamos o público-alvo atendido pela modalidade nos lócus da pesquisa. Por conta desses movimentos, o desenho metodológico caracteriza-se como qualitativo, do tipo exploratório, embasado em pesquisa documental e levantamento de dados. A proposta justifica-se pelo expressivo número de matrículas de estudantes público-alvo da educação especial, em acordo com a Política Nacional de Educação Especial de 2008. O Censo Escolar (INEP 2022) informa que, de 2018 a 2022, aumentou 29,3% as matrículas desses estudantes no ensino comum. Porém, a proporção de matrículas na educação profissional aumentou 99,7%, a maior dentre as etapas e modalidades da educação básica. Concluímos que as ações inclusivas se estruturam na forma de núcleos; envolvem investimento na institucionalização de diretrizes políticas para a organização dos serviços de apoio e desafios distintos para a garantia do profissional especializado em caráter efetivo nos três IFs.
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