Brincadeiras de menino ou de menina? Implicações sociais sobre o brincar no contexto da mídia, do gênero e da infância

Autores

  • Juliane Di Paula Queiroz Odinino Universidade Estado de Santa Catarina

Palavras-chave:

Brincadeira, relações de gênero, mídia, currículo

Resumo

O objetivo deste artigo é o de problematizar a brincadeira, exaltando-a quanto a seu caráter de prática social, a fim de realizar uma reflexão sobre a incidência de diferentes aspectos culturais sobretudo a influência do conteúdo midiático presente no ato de brincar. Saltam aos olhos as dicotomizações entre os gêneros masculino e feminino, que delineiam formas características e estanques dessas experiências entre esses grupos. Busca-se a reflexão sobre as possibilidades da brincadeira nesse complexo contexto cultural a partir de uma proposta de encontro de gerações que seja mais inclusiva, plural e alteritária.

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Biografia do Autor

Juliane Di Paula Queiroz Odinino, Universidade Estado de Santa Catarina

Licenciada em ciências sociais e mestre em Sociologia pela UNICAMP. Doutora em ciências humanas, pela UFSC. Membro do Instituto de Estudos em Gênero, da UFSC, e do Observatório de Práticas Escolares da Udesc. Atualmente realizo estágio pós-doutoral, pelo PPGE da UDESC.

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Publicado

2016-09-25

Como Citar

Odinino, J. D. P. Q. (2016). Brincadeiras de menino ou de menina? Implicações sociais sobre o brincar no contexto da mídia, do gênero e da infância. Momento - Diálogos Em Educação, 24(2), 9–24. Recuperado de https://periodicos.furg.br/momento/article/view/4668

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