90 ANOS DO QUILOMBO PORTÃO DO GELO

processos educativos, enfrentamentos e resistências no contexto de pandemia

Autores

  • Maria Sandra Montenegro Silva Leão UFPE
  • Auxiliadora Maria Martins da Silva UFPE

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v30i02.13297

Palavras-chave:

Educação, Resistência, Estudo decolonial

Resumo

Este artigo é o resultado de um trabalho de extensão, realizado no quilombo do Portão do Gelo, através do qual surgiram experiências transformativas que colocaram em destaque a importância cultural, política e educativa deste espaço. Através de diversas atividades, tornou-se possível compreender a força que o quilombo desenvolve para sobreviver, assim como a relevância da resistência de seus membros contra o racismo estrutural, institucional e religioso, empreendendo ações pela valorização da cultura negra. A atividade dialogou com a perspectiva teórica decolonial. O campo metodológico se amparou na sociopoética, o que permite vivenciar a pesquisa compreendendo o todo e as partes enquanto construção coletiva de conhecimentos e saberes. O resultado das produções mostra o impacto e o fortalecimento da educação social, presentes no interior do quilombo. Nesse sentido, argumentamos a necessidade do diálogo permanente entre universidades públicas com espaços sociais e culturais diferentes da cultura acadêmica, mas que não deixam de construir complexas e inteligentes percepções de mundo e de vida.

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Biografia do Autor

Maria Sandra Montenegro Silva Leão, UFPE

Possui Doutoramento em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco. Professora Associado I da Universidade Federal de Pernambuco. Leciona no curso de Pedagogia e demais licenciaturas no Centro de Educação da UFPE. Professora e Pesquisadora do Mestrado em Direitos Humanos da UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Educação. Pesquisa e orienta as seguintes temáticas: Ética e Alteridade; Direitos humanos e Educação em diversos espaços de formação humana. Espiritualidade e Educação.

Auxiliadora Maria Martins da Silva, UFPE

Auxiliadora Maria Martins da Silva é Doutora em Educação pela UFPE -Universidade Federal de Pernambuco (2011). É mestra em Ensino das Ciências pela UFRPE -Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005). Possui graduação em Pedagogia pela UNICAP -Universidade Católica de Pernambuco (1982). É Professora Adjunta da UFPE, lecionando as disciplinas: Teoria Curricular, Pesquisa em Práticas Pedagógicas Curriculares, Seminários Educação, Escola e Currículo e Educação em Africanidades e Afrodescendências. É Assessora Pedagógica da RAEPE -Rede de Afroempreendedores/as de Pernambuco, atuando com formação de professores/as, afroempreendedorismo e afrofuturismo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Formação Continuada e Gestão Educacional, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Africanidades e Afrodescendências, Equidade étnico -racial na educação, Educação antirracista, Negro no livro didático, Arte Afro -brasileira, tendo criado O Festival de Dança do GEPAR -Quando Danço, Encanto; o Festival de Música do GEPAR -A vez da Minha Voz e o Festival de Cinema Negro GEPARWOOD. É membro da Biograph -Associação Brasileira de Pesquisa Autobiográfica.É criadora e líder do GEPAR -Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Antirracismosna Educação. É esposa de Flávio Valdez, faz 39 anos, mãe de 3 filhos/a, avó de 5 netos/as, pesquisadora, mas, também militante negra, mulher da família e do mundo da vida. Membra da Comissão de Heteroidentificação da UFPE. Imortal da AILA -Academia Internacional de Letras e Artes, sessão Pernambuco.

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Referências

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Publicado

2021-11-19

Como Citar

Leão, M. S. M. S., & Silva, A. M. M. da. (2021). 90 ANOS DO QUILOMBO PORTÃO DO GELO: processos educativos, enfrentamentos e resistências no contexto de pandemia . Momento - Diálogos Em Educação, 30(02), 245–260. https://doi.org/10.14295/momento.v30i02.13297

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