“Se inscreva no canal para mais vídeos como esse”: currículo cultural e subjetivações de gênero no YouTube
DOI:
https://doi.org/10.14295/momento.v26i2.6840Palavras-chave:
currículo cultural, gênero, sexualidade, YouTubeResumo
O artigo se propõe lançar olhar sobre os currículos que são produzidos a partir de artefatos culturais. Utilizamos como recorte um material audiovisual produzido por jovens de identidade sexuais e de gênero marginalizadas que dizem dessas identidades e marginalizações. Nesse sentido, analisamos os discursos sobre transexualidade que se constroem em um canal do site YouTube, o Canal das Bee. As análises utilizam-se dos estudos culturais e pós-estruturalistas do campo do currículo, que nos possibilitam lidar com os discursos, os artefatos culturais, a educação, os gêneros e as sexualidades como categorias históricas e sociais, constituídas nos jogos de poder e de linguagem. Pensamos o Canal enquanto um currículo que influencia as juventudes e discutimos as verdades construídas acerca da transexualidade e suas (des)subjetivações.Downloads
Referências
ALVES, Nilda. Cultura e cotidiano escolar. Red. Revista Brasileira de Educação, 2003.
AUTOR. Diversidade de gêneros e Ensino de Biologia: casos de prazeres e corporeidade não-binários. Monografia. 105p. 2015.
AUTOR. Movimentação estudantil: identidades sexuais e de gênero em trânsito. Revista Mosaico. Rio de Janeito. v. 7, n. 11. 2016
BORRILLO, Daniel. Homofobia. Barcelona: Bellaterra, 2001.
BRITZMAN. Deborah. O que é esta coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. Revista Educação e realidade, São Paulo, v. 21, n.1. p. 71-96, jan/jun.1996
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 236p. Rio de Janeiro: Editora Record, 2003.
CAETANO, Marcio Rodrigo do Vale. Currículos praticados e a construção da heteronormatividade. 32ª reunião da ANPED. Caxambu/MG, 2009.
CANAL DAS BEE. Disponível em: <http://www.youtube.com/canaldasbee>. Acesso em: 14 de dezembro de 2016.
CRUSOÉ, Nilma. A teoria das representações sociais em Moscovici e sua importância para a pesquisa em educação. APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação. Vitória da Conquista Ano II n. 2 p. 105-114 2004.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Fêlix. Mil platôs-capitalismo e esquizofrenia, vol. 1/Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de janeiro: Ed, v. 34, p. 94, 1995.
FAUSTO-STERLING, Anne. Cuerpos sexuados: la política de género y la construcción de la sexualidad. Barcelona: Melusina. 526p. 2006.
FELIPE, Jane. Gênero e sexualidade nas pedagogias culturais: implicações para a educação infantil. Silva, p. 195, 1995.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na. Educação e pesquisa, v. 28, n. 1, p. 151-162, 2002.
GUARALDI, Bibiana e TAUANE, Jéssica. “Sou muito mais que lésbica”, diz youtuber do Canal das Bee. Folha de São Paulo. 2016. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/tec/2016/09/1815891-sou-muito-mais-do-que-lesbica-diz-youtuber-do-canal-das-bee.shtml> Acesso em: 14 de dezembro de 2016.
HALL, Stuart. Identidades culturais na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.
HEILBORN, Maria. Fronteiras simbólicas: gênero, corpo e sexualidade. Cadernos Cepia. Rio de Janeiro. v. 5, p. 73-92, 2002.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. Tradução Susana Alexandria. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
LARROSA, Jorge. Algunas notas sobre laexperiencia y sus lenguajes. Trajetórias e perspectivas da formação de educadores. São Paulo: Editora UNESP, p. 19-34, 2002.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Trad.: Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Petrópolis: Vozes, 1997.
QUEIROZ, Jandira. Rumo ao final do arco-iris: O que mudou no discurso sobre personagens homossexuais na grande midia de entretenimento na ultima decada e por que? 66p. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro Universitário de Brasília.
SABAT, Ruth. Pedagogia cultural, gênero e sexualidade. Estudos Feministas. Santa Catarina. n. 09. 2001.
RALEIRAS, Mónica Sofia da Costa et al. Identidade, internet e subjectivação: os sites de redes sociais. Dissertação. Universidade de Lisboa. 2009.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para os estudos históricos. Educação e Realidade, v. 16, n. 2, p. 5-22, 1990.
SILVA, Tomaz Tadeu (org). Identidade e diferença – a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, 133p.
SILVA, Marco Polo Oliveira; SALESA, Shirlei Rezende. O fenômeno cultural do youtube no percurso educacional da juventude ciborgue. Disponível: <http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38614659/Artigo_SBECE_Marco_Polo.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAJ56TQJRTWSMTNPEA&Expires=1482733204&Signature=gtb5nqwqDX5%2BBphBzMn4AL7gAZA%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DO_fenomeno_cultural_do_Youtube_no_percur.pdf> Acesso em 14 de dezembro de 2016.
SIQUEIRA, Vera. Sexualidade e gênero: mediações do cinema na construção de identidades. Anais da 27ª ANPED Sociedade democrática e educação: qual universidade, p. 01-19, 2004.
YOUTUBE. Disponível em: <http://www.youtube.com>. Acesso em: 14 de dezembro de 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
À Revista Momento − Diálogos em Educação, ficam reservados os direitos autorais, de todos os artigos nela publicados.