Políticas de inclusão e os efeitos nas práticas docentes no ciclo de alfabetização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v29i1.9265

Palavras-chave:

Políticas de inclusão, práticas docentes, alfabetização

Resumo

Este texto discute sobre as políticas de inclusão e os efeitos nas práticas alfabetizadoras desenvolvidas nos anos iniciais da escolarização. Parte-se de uma pesquisa intitulada Alfabetização na “idade certa” numa perspectiva inclusiva: tensões e desafios às práticas docentes alfabetizadoras (2016-2019/FAPERGS), para analisar práticas de professoras que atuam nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em escolas municipais localizadas no estado do Rio Grande do Sul. Considera-se que as políticas de inclusão produzem efeitos nas práticas alfabetizadoras ao instigar as professoras a individualizar os sujeitos e a flexibilizarem o currículo a fim de garantir a alfabetização de todos na idade certa. Compreendem-se estas práticas na perspectiva da in/exclusão como produzidas pelos discursos que constituem os sujeitos incluídos em uma sociedade neoliberal.

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Biografia do Autor

Rejane Ramos Klein, Universidade Luterana do Brasil - ULBRA

Doutora (2010), Mestre (2005) em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Pedagoga (2002) pela mesma Universidade. Atualmente é bolsista PNPD no Programa de Pós-Graduação em Educação na ULBRA. Além disso, é pesquisadora no Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão (GEPI/CNPq) e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e In/Exclusão (GEIX/CNPQ) desenvolvendo projetos de pesquisas sobre as temáticas como: Formação de Professores, Políticas Educacionais, Inclusão Escolar e Alfabetização.

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Publicado

2020-07-22

Como Citar

Klein, R. R. (2020). Políticas de inclusão e os efeitos nas práticas docentes no ciclo de alfabetização. Momento - Diálogos Em Educação, 29(1), 272–291. https://doi.org/10.14295/momento.v29i1.9265

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