Infância campesina: espaços do cotidiano vivenciado no recreio

Autores

  • Jeruza da Rosa da Rocha Universidade Federal de Pelotas. UFPEL. Pelotas/RS, Brasil
  • Carmo Thum Universidade Federal de Rio Grande. FURG, Rio Grande/RS, Brasil

Palavras-chave:

Crianças. Cotidiano. Escola.

Resumo

O objetivo do trabalho é compreender o cotidiano das crianças vivenciado no entorno da escola, buscando reconhecer suas infâncias através dos espaços que ocupam no período do recreio. Este trabalho foi realizado crianças do 4ª ano de uma escola no interior de Canguçu/RS. Trata-se de uma pesquisa embasada em uma abordagem inspirada no campo de estudos da etnografia, tendo como método a análise interpretativa, a qual permitiu a realização de observações, conversas e de caminhadas com as crianças. Neste sentido, investigar de forma colaborativa com as crianças os espaços que transitam e ocupam no espaço do recreio retratou, a sua presença como atores sociais que agem, recriam e transformam o cotidiano em que estão inseridos.

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Biografia do Autor

Jeruza da Rosa da Rocha, Universidade Federal de Pelotas. UFPEL. Pelotas/RS, Brasil

Núcleo de Educação e Memória Instituto de Educação FURG - Pesquisadora colaboradora

Carmo Thum, Universidade Federal de Rio Grande. FURG, Rio Grande/RS, Brasil

Núcleo de Educação e Memória Instituto de Educação FURG

Referências

... é um dos raros momentos em que as crianças estão livres, onde se encontram, aprendem e produzem a sua cultura lúdica. E por isso é tão aguardado pelas crianças e, motivo de tristeza, quando cancelado. No entanto, os adultos não apresentam muito interesse, ficando distantes, num outro espaço, conhecendo pouco sobre o recreio, principalmente, sobre como as crianças se organizam e como agem neste curto espaço de tempo. (WÜRDIG, 2010, p. 01)

“possibilita uma base de dados empírica, obtida por meio da imersão do pesquisador nas formas de vida do grupo” (CORSARO, 2009, p. 83).

Sarmento, “o tempo da criança é um tempo recursivo, continuamente reinvestido de novas possibilidades, um tempo sem medida, capaz de ser sempre reiniciado e repetido (2004, p.17)”.

Barbosa, a escola necessita:

(...) criar espaços para a interlocução entre culturas infantis, familiares, de bairro, e também a competência para contribuir na produção de novas culturas, ou quem sabe de contraculturas, tendo assim uma maior possibilidade de propiciar condições de efetiva aprendizagem das crianças ( 2007, p. 1076).

Corsaro,

encara a integração das crianças em suas culturas como reprodutiva, em vez de linear. De acordo com essa visão reprodutiva, as crianças não se limitam a imitar ou internalizar o mundo em torno delas. Elas se esforçam para interpretar ou dar sentido a sua cultura e a participarem dela. Na tentativa de atribuir sentido ao mundo adulto, as crianças passam a produzir coletivamente seus próprios mundos e culturas de pares (2011, p. 36)

“um modelo que inclui a reprodução interpretativa como uma espiral em que as crianças produzem e participam de uma série de culturas de pares incorporadas” (CORSARO, 2011, p. 37).

Sarmento, “entre brincar e fazer coisas sérias não há distinção, sendo o brincar muito do que as crianças fazem de mais sério” (2004, p. 15).

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Publicado

2016-09-25

Como Citar

da Rocha, J. da R., & Thum, C. (2016). Infância campesina: espaços do cotidiano vivenciado no recreio. Momento - Diálogos Em Educação, 24(2), 25–40. Recuperado de https://periodicos.furg.br/momento/article/view/5403

Edição

Seção

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