O INSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS (IPEAFRO) COMO CASA DE MEMÓRIA DECOLONIAL
the case of the Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro)
DOI:
https://doi.org/10.14295/momento.v33i1.15762Palavras-chave:
Acervo digital, Antirracismo, Decolonialidade, Educação, MemóriaResumo
A memória é uma ferramenta importante para a construção de uma história mais equânime, que valoriza as contribuições desses grupos para a sociedade. O Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) é uma instituição que atua como casa de memória decolonial para as relações étnico-raciais. Por tal, busca-se responder a seguinte pergunta: como o acervo do Ipeafro constitui-se como lugar de memória à cultura afro-brasileira? Dialoga-se com os conceitos de memória e decolonialidade. O corpus da pesquisa abrange o material disponível no acervo entre textos, imagens e produção intelectual, destacando a trajetória e legado do Abdias Nascimento no processo de criação do Ipeafro. Por meio de suas pesquisas, estudos e documentos, o Ipeafro busca descolonizar o pensamento e construir uma história que vislumbre as perspectivas e experiências dos negros. Além disso, o Ipeafro promove ações de conscientização e formação sociorracial, objetivando combater o racismo e as desigualdades étnico-identitárias, ajudando, no que lhe concerne, para a construção de uma narrativa mais inclusiva sobre a história do negro no Brasil, ao tempo que valoriza a cultura e as contribuições dos afrodescendentes para a sociedade. Percebe-se, portanto, o Ipeafro como casa de memória decolonial de resistência e existência identitária negra, e possibilita narrativas contra coloniais sobre o negro.
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