A CONSTITUIÇÃO DA BIBLIOTECA MENOR:
por um educar insurgente
DOI:
https://doi.org/10.63595/momento.v34i3.17608Palavras-chave:
Biblioteca menor, Educação humanizadora, Biblioteconomia contemporâneaResumo
Este estudo explorou o conceito de “biblioteca menor” no contexto da educação menor e das
teorias contemporâneas da biblioteconomia, ao investigar suas diferenças em relação às abordagens
tradicionais para promover uma educação sensível, inclusiva, humanizadora, dinâmica e politicamente
engajada. Para isso, fundamentamo-nos nas teorias educacionais de Freire (1967; 1989; 2001), Gallo
(2002) e outros que destacam a politização educacional e sua subversão contra estruturas macropolíticas
dominantes; e nos conceitos contemporâneos de Lankes (2011) sobre biblioteconomia como facilitadora
ativa do conhecimento e interação social. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, que incluiu
revisão da literatura e análise interpretativa de conceitos como desterritorialização, ramificação política
e valor coletivo na biblioteconomia contemporânea. Os resultados evidenciaram que a biblioteca menor
rompe com as estruturas tradicionais, ao criar um ambiente de aprendizado flexível, sensível e
humanizador. Além de desafiar as normas estabelecidas, ela amplia o acesso ao conhecimento crítico e
promove a justiça social, o que contribui para a coesão e participação comunitárias. Em síntese,
enfatizamos a evolução das bibliotecas como agentes de mudança social e educacional na sociedade
contemporânea, em que se sobressai o seu papel essencial na humanização, inovação, inclusão e
engajamento político.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. São Paulo: Forense Universitária, 2007.
CÂNDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro Azul, 2006.
CARVALHO, Jonathas. Afinal, o que é uma biblioteca. Biblioo, [s.l.], [s.n.], [n.p.], 2017. Disponível em: https://biblioo.info/afinal-o-que-e-uma-biblioteca/#:~:text=para%20a%20comunidade%3B-,A%20biblioteca%2C%20como%20%E2%80%9Ccole%C3%A7%C3%A3o%20de%20acervos%2Fdocumentos%E2%80%9D%2C,como%20ambiente%20de%20informa%C3%A7%C3%A3o)%3B. Acesso em: 19 jun. 2024.
CHAUÍ, Marilena de Souza. Ideologia e educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 42, n. 1, p. 245-257, jan./mar. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/Hkd5kq8TC4k7bgfGBY7PNds/abstract/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2024. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022016420100400.
CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. 2. ed. Rio de Janeiro: 34, 1995.
FREIRE, Paulo. Alfabetização de alunos e bibliotecas populares – uma introdução. In: FREIRE, Paulo (org.). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 25. ed. São Paulo: Autores Associados; Cortez, 1989, p. 15-21.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/otp/livros/educacao_pratica_liberdade.pdf. Acesso em: 19 maio 2024.
FREIRE, Paulo. Política e educação. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/otp/livros/politica_educacao.pdf. Acesso em: 19 maio 2024.
FOUCAULT, Michel. Verdade e Poder, Genealogia e Poder e Soberania e Disciplina. In: MACHADO, Roberto (org.). Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. 20. ed. Rio de Janeiro: Graal, [1979] 2004, p. 1-14; 167-191.
FROMM, Erich. A revolução da esperança: por uma tecnologia humanizada. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.
GALLO, Sílvio. Em torno de uma educação menor. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, v. 20, n. 20, p. 173-175, maio, 2002. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25926. Acesso em: 29 mai. 2024.
GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias. Arcabouço conceitual do letramento informacional. Ciência da Informação, Brasília, v. 39 n. 3, p. 83-92, set./dez. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ci/a/9L8b38v48WBQSQVRX63BMsw/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 19 jun. 2024.
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
GÓES JUNIOR, José Humberto de. A complexa concepção de direitos humanos no pensamento de Paulo Freire – Paz, mundo e socialismo no processo de libertação do sujeito ético-político. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro v. 12, n. 4, p. 2758-2783, out./dez. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdp/a/wdSjRPmNQnD6yG9PJ3NdqCv/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 19 jun. 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/2179-8966/2021/62748.
LANKES, David. The Atlas of New Librarianship. Cambridge: MIT, 2011. Disponível em: https://ia902705.us.archive.org/35/items/mit_press_book_9780262300087/mit_press_book_9780262300087.pdf. Acesso em: 29 maio 2024.
PERROTTI, E. Biblioeducação, rompendo paradigmas: transversalidade e verticalidade na Era da Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, Marília, v. 17, p. e023055, 2023. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/bjis/article/view/15162. Acesso em: 20 jun. 2024. DOI: https://doi.org/10.36311/1981-1640.2023.v17.e023055.
SANTOS, Josiel Machado. Bibliotecas no Brasil: um olhar histórico. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 50-61, jan./jun. 2010. Disponível em: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/132/168. Acesso em: 19 jun. 2024.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Biblioteca Benedicto Monteiro. Conheça a biblioteca de Alexandria: uma das mais importantes do mundo. Ananindeua: UFPA, 2020. Disponível em: https://www.biblio.campusananindeua.ufpa.br/index.php/ultimas-noticias/573-conheca-a-biblioteca-de-alexandria. Acesso em: 19 jun. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Momento - Diálogos em Educação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
À Revista Momento − Diálogos em Educação, ficam reservados os direitos autorais, de todos os artigos nela publicados.