MANEIRAS OUTRAS DE SE VER E DE VER O OUTRO: RELAÇÕES DE GÊNERO NO SEGUNDO ANO NAS ETAPAS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPO GRANDE, MS

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.14295/de.v8i1.11425

Résumé

Este artigo visa apresentar os resultados de uma pesquisa de mestrado que discute as relações de gênero entre meninas e meninos, buscando compreender como elas e eles se veem e veem o seu “Outro”. Para tanto, foram realizadas oficinas de desenhos, produção de narrativas e contação de história, por meio do texto literário, a fim de promover a discussão sobre as relações de alteridade entre o Eu e o Outro. As fontes foram as narrativas e os desenhos das crianças do segundo ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública, analisados na perspectiva da infância e do pós-estruturalismo. Os resultados evidenciam que as relações são permeadas de costumes, valores sociais e produzidas na cultura, oportunizando refletir sobre o que é ser menina e menino, as feminilidades e masculinidades, além de demonstrarem que essas relações vividas entre as crianças produzem subjetividades.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Cristiane Pereira Lima, Secretária Municipal de Educação - SEMED (MS)

Mestre em educação e graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS. Possui graduação em Ciências Sociais Bacharelado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS e em Sociologia licenciatura pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI. É membro do grupo de pesquisa Educação, Cultura e Diversidade certificado pelo CNPq. Professora efetiva da rede municipal de educação de Campo Grande - MS (SEMED). Atua principalmente nos seguintes temas: formação de professores, cultura, identidade, relações de gênero, sexualidade e violência sexual na infância.

Léia Teixeira Lacerda, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Uems

Possui Graduação em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (1995), Mestrado em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (2003), Mestrado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2004) e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2009). Atuou na Coordenadoria dos Cursos Normal Superior e Normal Superior Indígena no período de 2002 a 2005 e no Curso de Pedagogia da Unidade Universitária de Campo Grande da UEMS, no período de 2009 a 2018. Atualmente é Coordenadora do Centro de Pesquisa, Ensino e Extensão Educação, Linguagem, Memória e Identidade/CELMI e professora adjunta da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul no Curso de Pedagogia e no Programa de Mestrado Profissional em Educação. Editora da Revista Brasileira de Educação, Cultura e Linguagem. Líder do Grupo de Pesquisa: Educação, Cultura e Diversidade, vinculado à Rede de Pesquisa Internacional para América Latina, Europa e Caribe/Rede ALEC. Vencedora do Prêmio Péter Murányi em 2009 na área de Educação, com o trabalho: Educação de Jovens e Adultos e Prevenção das DST/AIDS em Escolas Indígenas do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Ensino e da Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, gênero, educação sexual, história indígena, histórias de vida e educação escolar indígena.

Références

BÉDARD, Nicole. Como interpretar os desenhos das crianças. São Paulo: Editora Isis, 2013.

BELINKY, Tatiana. Diversidade. São Paulo: FTD, 2014.

BRITZMAN, Deborah. Sexualidade e cidadania democrática. In: SILVA, Luiz Heron (Org.). A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 154-171.

CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.

COGNET, Georges. Compreender e interpretar desenhos infantis. Tradução: Stephania Matousek. São Paulo: ed. Vozes, 2014.

COLE, Babette. A princesa Sabichona. São Paulo: Terramar, 2004.

COLE, Babette. Príncipe Cinderelo. São Paulo: Penguin, 1987.

FERRARI, Anderson. Diversidade sexual na escola: práticas cotidianas e ações pedagógicas. In: XAVIER FILHA, Constantina (Org.). Educação para a sexualidade, para a equidade de gênero e para a diversidade sexual. Campo Grande: Editora da UFMS, 2009, p. 99-110.

FERRARI, Anderson. Sexualidades, masculinidades, orientação sexual. In: XAVIER FILHA, Constantina (Org.). Sexualidades, gênero e diferenças na educação das infâncias. Campo Grande: Editora da UFMS, 2012, p. 117-129.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa. Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1977.

FURLANI, Jimena. Educação sexual na sala de aula – equidade de gênero, livre orientação e igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças. v. 1. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

GARCIA. Paulo Sérgio.; BIZZO, Nélio. O Processo de Elaboração dos Planos Municipais de Educação na Região do Grande ABC. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 43, n. 1, p. 337-362, jan./mar. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/edreal/v43n1/2175-6236-edreal-68702.pdf Acesso em: 02 jul 2020.

GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo (Orgs.). Métodos de pesquisa. Coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS – e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

GOBBI, Márcia Aparecida. Lápis vermelho e de mulherzinha: desenho infantil, relações de gênero e educação infantil. 1997. 145f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/252694>. Acesso em: 22 jul. 2018.

GOMES, Nilma Lino. Diversidade e currículo. In: BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (Orgs). Indagações sobre currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008, p. 40-48.

JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A pedagogia do armário: heterossexismo e vigilância de gênero no cotidiano escolar. Educação On-Line (PUCRJ), v. 10, p. 64-83, 2012.

KRAMER, Sonia. Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cad. Pesqui. [online]. 2002, n. 116, p. 41-59.

LARROSA, Jorge. Pedagogia profana: danças, piruetas e máscaras. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

LIMA, Cristiane Pereira. As relações de gênero nos anos iniciais do Ensino Fundamental: práticas pedagógicas e vivências no cotidiano escolar. 2019. 124f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Mato Grosso Sul, Campo Grande, MS.

MEIRELES, Gabriela Silveira. Infância e poder: marcas das relações de gênero na escola. In: Seminário Corpo, Gênero, Sexualidade e Educação, 2008, Rio Grande, RS. Seminário Corpo, Gênero, Sexualidade e Educação. Rio Grande, RS, 2008.

MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa e CANDAU, Vera Maria. “Currículo, conhecimento e cultura”. In: MOREIRA, Antonio Flávio e ARROYO, Miguel. Indagações sobre currículo. Brasília: Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, nov. 2008, p.83-111.

QUINTEIRO, Jucirema. Infância e Educação na Sociologia: questões emergentes. In: MAFRA, Leila de Alvarenga; TURA, Maria de Lourdes Rangel (Orgs.). Sociologia para educadores. V. 1. 1 ed. Rio de Janeiro: Quartet Editora, 2005, p. 137-166.

SALES, Lilian Silva. Isso (não) é coisa de menino! Construções de Gênero nas Brincadeiras Infantis: em uma escola na Amazônia. Seminário Nacional Sociedade, Corpo e Cultura, 2002, Vitória.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Tradução Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávila. Recife: SOS Corpo, 1995.

SILVA, Andréa Costa da; SIQUEIRA, V. H. F. Sexualidade na escola mediada pela literatura: apropriações docentes. In: 31ª Reunião Anual da ANPEd, 2008, Caxambu. 31ª Reunião Anual da ANPEd: Constituição Brasileira, Direitos Humanos e Educação, 2008.

SILVA, M. P. Quando o estranho é o professor: narrativas sobre sexualidade e o currículo de formação de professores. In: 30ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, 2007, Caxambu. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Timbauba: Espaço livre, 2007, p. 1-18.

VANCE, Carole S. A Antropologia redescobre a sexualidade: um comentário teórico. In: PHYSIS – Revista de Saúde Coletiva, v. 5. n. 1, p.10-31 1995.

VIANNA, Cláudia. A feminização do magistério na educação básica e os desafios para a prática e a identidade coletiva docente. In: YANNOULAS, Silvia Cristina (Org.). Trabalhadoras: análise da feminização das profissões e ocupações. Brasília: Editorial Abaré, 2013, p. 159-180.

VIANNA, Claudia; FINCO, Daniela. Meninas e meninos na Educação Infantil: uma questão de gênero e poder. Cad. Pagu [online], 2009, n.33, p.265-283. ISSN 1809-4449. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332009000200010. Acesso em: 13 jul 2018.

Téléchargements

Publié-e

2020-08-16

Comment citer

Lima, C. P., & Lacerda, L. T. (2020). MANEIRAS OUTRAS DE SE VER E DE VER O OUTRO: RELAÇÕES DE GÊNERO NO SEGUNDO ANO NAS ETAPAS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPO GRANDE, MS. Diversidade E Educação, 8(1), 371–399. https://doi.org/10.14295/de.v8i1.11425