MARCAS DE UMA CULTURA LESBOFÓBICA EM NARRATIVAS DE DOCENTES LÉSBICAS
DOI:
https://doi.org/10.14295/de.v8i1.11398Abstract
Este artigo analisa como, no espaço escolar, fomenta-se ou contesta-se a lesbofobia a partir de narrativas de professoras lésbicas. Como base teórica, recorre-se a discussões do campo da Sociologia da Moral, bem como ao conceito de lesbofobia que, para Lorenzo (2012) é uma construção cultural que funciona como o mecanismo político de opressão, dominação e subordinação social das lésbicas. A metodologia envolveu entrevistas com quatro professoras da região metropolitana de Porto Alegre/RS que atuam na Educação Básica. As análises mostraram que, via de regra, a escola é espaço que fomenta a lesbofobia, sendo as professoras lésbicas silenciadas quanto à sexualidade, consideradas desviantes frente a uma moral heteronormativa. Contudo, há pequenas aberturas no espaço da docência, nas relações entre professores, na tematização curricular de alguns aspectos da sexualidade. A própria existência de professoras lésbicas no âmbito de uma instituição moderna e moralizadora como a escola é uma forma potente de contestação.
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