‘Q’ de quilombola? Negação simbólica na escola dos remanescentes do quilombo morro alto (RS)?
DOI:
https://doi.org/10.14295/de.v11i2.15786Resumo
Nesta pesquisa, buscou-se compreender o motivo pelo qual o termo quilombola não está destacado na fachada do prédio e nos documentos pedagógicos de uma escola aquilombada, em 2014, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Tratou-se de um estudo de caso único, em que conversas informais e entrevistas foram utilizadas na produção de dados. Os participantes foram membros da comunidade escolar e anciões quilombolas. As análises contaram com as contribuições teóricas de Bourdieu (2006), Bauman (2008) Sodré (2023), dentre outros e evidenciaram que: a) práticas simbólicas e pedagógicas têm operado para que não haja destaque à pertença afro étnica da maioria dos moradores do lugar; b) está em jogo a disputa territorial entre os descendentes de escravizados e os descendentes de posseiros no território; c) a instituição escolar tem sido um receptáculo do conflito entre os que reconhecem e os que não reconhecem os direitos dos remanescentes de quilombos no lugar, incluindo profissionais da educação. Desse modo, verificou-se, além do descumprimento legal dos princípios que tipificam uma escola como quilombola, também a edificação de um não-lugar-escolar.
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