SEXO COMO FALSO OBJETO EMPÍRICO

UMA CRÍTICA A PARTIR DO CONCEITO DE GÊNERO COMO PRÁTICA DISCURSIVA E CORPORAL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.63595/de.v13i1.19061

Resumen

Este ensaio propõe uma análise ontoepistemológica do conceito de sexo, argumentando que sua caracterização como "espécie natural" o transforma em um falso objeto empírico e em um mito. Utilizando fundamentos da filosofia da ciência de Fourez, da semiologia de Barthes e da ontologia de Quine, demonstra-se que a escolha das hipóteses analíticas na tradução é subdeterminada pela experiência, levando à indeterminação da tradução e à relatividade ontológica. Essa relatividade, por sua vez, mina a sustentabilidade do essencialismo, especialmente no contexto do conceito de sexo, que é reconhecido como um mito ideológico. Destaca-se, a partir dos referenciais contemporâneos em estudos de gênero, tais como Moore, Butler, Scott e Fausto-Sterling, a necessidade de desenvolver um arcabouço conceitual refinado do sexo, e defende-se a viabilidade das filosofias baseadas em rupturas epistemológicas como um caminho para a renovação conceitual.

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Biografía del autor/a

Juliane Priscila Diniz Sachs, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Bacharel em Química pela Universidade Estadual de Londrina. Mestre em Ciências de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (2004). Licenciada em Química pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2013). Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina.Docente/pesquisadora da Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel (UENP-CLM) e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado Profissional em Educação Básica da UENP.Pesquisa na área da Educação Básica, com foco nas Práticas Docentes para a Educação Básica, investigando os processos de formação docente, ensino-aprendizagem, teorias da instrução e tecnologia educacional. Seu trabalho enfatiza os desafios do ensino de Ciências da Natureza, articulando a História e Filosofia das Ciências e da Matemática, Epistemologia e Sociologia da Educação, além de dialogar com a Pragmática da Investigação Científica aplicada ao Ensino e a Topologia Ontoepistemológica. Desenvolve pesquisas de intervenção e implementação de produtos educacionais, abordando questões epistemológicas, axiológicas, ambientais, étnico-raciais e de gênero, visando a melhoria da Educação Básica, especialmente no contexto regional e na formação de docentes.Integrante do Grupo de Pesquisa em Matemática e Ensino de Ciências (GPMEC - UENP), do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental (GPEA FC - UNESP) e do Núcleo de Pesquisa em Educação Ambiental da UENP. Mulher TEA e feminista

Clair de Luma Capiberibe Nunes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mulher travesti, graduada em Comunicação Social pela Universidade do Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal e em Física, com Mestrado e Doutorado em Ensino de Ciências (Construção do Conhecimento) pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Minha experiência abrange diversas áreas. Na Filosofia das Ciências, meu enfoque recai sobre o Realismo Perspectivista Emergentista, Ideologias e Mitologias, Filosofia da Linguagem, Teoria do Uso (Wittgenstein), Pragmática, Veritativismo Axiológico, Ontoepistemologia e Topologia Epistemológica. Em História Historiografia das Ciências, concentro-me na gênese e desenvolvimento da Teoria da Relatividade Especial e Geral e em estudos de episódios históricos das ciências sob uma perspectiva agenciamento material recíproco. No âmbito do Ensino de Ciências, minha ênfase reside em interfaces com História e Epistemologia das Ciências, Linguagens e Discursos no Ensino de Ciências, e nas relações entre Educação em Ciências e Inclusão, Gênero, Religião e Classe. Em Física-Matemática do Espaço-Tempo, minhas áreas de atuação abrangem Álgebras Não Comutativas, Números Elípticos, Hiperbólicos e Parabólicos, Números Híbridos, STA, STC, Parâmetros de Cayley-Klein, Álgebras de Cayley, Cliffores, Álgebras Multivetoriais, Espaços com Dimensões Negativas, Famílias Híbridas e Caracterização do Espaço-Tempo. Pronomes: ELA/DELA.

Denise Caroline de Souza, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Denise Caroline de Souza, mulher, negra, periférica, pansexual, poetisa e militante. Eu, oriunda da Escola Pública brasileira ingressei na universidade pública pelo sistema de cotas raciais na qual me graduei em Química - Licenciatura e Bacharelado - pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), nessa mesma instituição me tornei Mestra em Ensino de Ciências e Educação Matemática pelo programa de Pós-graduação Ensino de Ciências e Educação Matemática (PECEM/UEL). Atualmente, sou doutoranda no programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (PPGE/UFTM) e integro o Grupo de Estudos e Pesquisa em Interculturalidade na Educação em Ciências (GEPIC/UFTM). Além disso, atuo como Coordenadora de pesquisa na Liga Acadêmica de Relações Étnico-Raciais (Sankofa/UFTM). Apresento grande interesse em pesquisas relacionadas à História, Filosofia e Sociologia da Ciência, Gênero e Interseccionalidade na Educação Científica. Por fim, mas não menos importante, leciono na Rede Básica de Ensino do Estado de Minas Gerais como docente de Química e Itinerários Formativos.

Irinea de Lourdes Batista, Universidade Estadual de Londrina

Graduada em Física, modalidade Licenciatura, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1987), mestre em Ensino de Ciências (Modalidade Física e Química) pela Universidade de São Paulo (1992), doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo/ Université Paris VII (1999), com pós-doutorado em Ciência, Tecnologia e Sociedade no Massachusetts Institute of Technologie (MIT), no período de 2009/10. Atualmente é Professora Associada no Departamento de Física da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com atuação em cursos de graduação em Física, de especilaização em Ensino de Física e em História e Filosofia da Ciência, e no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado e Mestrado) em Ensino de Ciências e Educação Matemática (PECEM). Atuou como professora visitante convidada na Université de la Bretagne Occidentale - Brest (2012) e na Universidad de Chile (2013). É membro da coordenação do Programa de Stricto Sensu/PECEM/UEL. Foi coordenadora do Colegiado Geral de Programas de Pós Graduação em Stricto Sensu da UEL, membro da Câmara de Pós Graduação e do CEPE, do Conselho de Interação Universidade e Sociedade e do Conselho Universitário da UEL (2013-2017). Compôs como membro a diretoria da ABRAPEC. É pesquisadora nas interfaces disciplinares de Física/Ciências/História e Filosofia da Ciência/ Educação em Ciências e Matemática, nos seguintes temas: Formação de professores e Aprendizagem em Ciências (Física, Biologia e Química) e Matemática; História e Filosofia da Física; História e Filosofia das Ciências; Interdisciplinaridade, Complexidade, Questões de Gênero e Ensino de Ciências e Matemática. É coordenadora bolsista CAPES da Residência Pedagógica Interdisciplinar Físicia/Química - UEL (2022-2024).

Publicado

2025-08-16

Cómo citar

PRISCILA DINIZ SACHS, Juliane; DE LUMA CAPIBERIBE NUNES, Clair; CAROLINE DE SOUZA, Denise; DE LOURDES BATISTA, Irinea. SEXO COMO FALSO OBJETO EMPÍRICO: UMA CRÍTICA A PARTIR DO CONCEITO DE GÊNERO COMO PRÁTICA DISCURSIVA E CORPORAL. Diversidad y Educatión, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 1419–1443, 2025. DOI: 10.63595/de.v13i1.19061. Disponível em: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/19061. Acesso em: 5 dic. 2025.