OFÍCIO DE COSTUREIRA ESPAÇO HISTÓRICO DE RESISTÊNCIA FEMININA:

CONSTRUINDO COMPETÊNCIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v11i1.15237

Resumo

Propõe-se neste artigo problematizar a naturalização de competências, o ofício de costureira foi escolhido como lócus da pesquisa porque a atividade envolve um conjunto de práticas naturalizadas associadas ao estereótipo feminino, sendo relevante ampliar a discussão para desvelar processos sócios históricos que determinam as desigualdades entre os gêneros na sociedade e na atuação profissional. A metodologia utilizada teve como aporte o método materialista histórico, em termos de técnicas e ferramentas realizou-se procedimentos referente a pesquisa exploratória, incluindo revisão da literatura e estudo de caso. O estudo de caso foi realizado em um Curso de Corte Costura mediante observação e entrevista com uma costureira em ofício. Objetivou-se demonstrar que a atividade de costurar não está ligada de forma inseparável do ser mulher, parte-se do princípio que os saberes intrínsecos ao ofício não são naturais são competências construídas em um processo não formal de qualificação profissional. O ofício de costureira é um espaço histórico de resistência feminina, constatou-se que, ainda que muitas costureiras tenham aprendido o ofício em casa sem frequentar quaisquer cursos de qualificação profissional formal, elas mobilizam saberes construindo um agir competente muito além das habilidades técnicas, elas administram seu próprio negócio tornando-se protagonistas de sua própria história.

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Biografia do Autor

Mislene Aparecida Gonçalves Rosa, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG.

Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFMG. Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG). Mestra em Educação Tecnológica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG. Graduação em Engenharia Mecânica e Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas. E-mail: misleneag@gmail.com.

Daisy Moreira Cunha, Universidade Federal de Minas Gerais

Pós-Doutorado na Universidade de Paris (2016-2017) em Sociologia e Economia do Trabalho. Pós-Doutorado no Conservatoire National des Arts et Métiers - CNAM/Paris (2009) em Educação de Adultos. Doutorado em Filosofia (Epistemologia e História da Filosofia) na Aix-Marseille Université (2005). Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995). Graduação em Pedagogia pelo Instituto de Educação de Minas Gerais (1989). Professora Titular da Universidade Federal de Minas Gerais; membro da Linha de pesquisa Política, Trabalho e Formação Humana do PPGE-UFMG; Membro do PROMESTRE/UFMG; Pesquisadora Produtividade 2 CNPq. E-mail: daisycunhaufmg@gmail.com.

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Publicado

25-01-2024

Como Citar

Rosa, M. A. G., & Cunha, D. M. (2024). OFÍCIO DE COSTUREIRA ESPAÇO HISTÓRICO DE RESISTÊNCIA FEMININA: : CONSTRUINDO COMPETÊNCIAS. Diversidade E Educação, 11(1), 833–859. https://doi.org/10.14295/de.v11i1.15237

Edição

Seção

Dossiê: Violências e resistências na saúde, educação e mídias