“A MULHER MAIS LINDA DO MUNDO POR ACASO ERA UM HOMEM.”: EDUCANDO SOBRE OUTRAS MASCULINIDADES ATRAVÉS DOS ARTEFATOS CULTURAIS

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DOI :

https://doi.org/10.14295/de.v7i2.9633

Résumé

O presente artigo tem como objetivo problematizar aquilo que aprendemos a ver como o “homem de verdade” e a potência pedagógica, social, estética e política dos artefatos culturais como, por exemplo, filmes, séries, novelas, documentários, etc. Para tal serão analisadas diferentes passagens do documentário I am Divine, que conta a história de Harris Glenn Milstead – intérprete da drag queen Divine, famosa por suas músicas e filmes do cinema underground estadunidense. Através das entrevistas, fotos, registros audiovisuais pessoais e jornalísticos da produção podemos refletir sobre questões como, por exemplo, gênero, sexualidade, sucesso, entre outras. Dessa forma, a obra cinematográfica nos permite descolar de concepções essencialistas e binárias sobre o “ser homem”, entender que há outras opções para além daquilo que está posto como “sucesso” e que artefatos culturais podem fomentar debates, ensinar e fazer repensar sobre modos de ser e estar nas relações sociais.

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José Rodolfo Lopes da Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Especialista em Gênero e Sexualidade pela mesma instituição.

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Publié-e

2020-02-20

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Lopes da Silva, J. R. (2020). “A MULHER MAIS LINDA DO MUNDO POR ACASO ERA UM HOMEM.”: EDUCANDO SOBRE OUTRAS MASCULINIDADES ATRAVÉS DOS ARTEFATOS CULTURAIS. Diversidade E Educação, 7(2), 341–356. https://doi.org/10.14295/de.v7i2.9633

Numéro

Rubrique

Espaços Educativos