Chamada de publicação para 2023
A revista Diversidade e Educação divulga os dois dossi6es temáticos para o ano de 2023. Além dos dos dossiês a revista recebe artigos na demanda livre nas 3 seções Diversidade em Debate, Cotidinao da Escola e Espaços Educativos.
v 11, n. 1, jan-jun/2023
Violências e resistências na saúde, educação e mídias
Organização: Profa. Dra. Claudiene Santos (UFU), Prof. Dr. Javier Rodríguez Mier (UAM), Profa. Dra. Maria Frenanda Gonzáles (UNER)
Proposta: A atualidade é marcada pelo imediatismo, mudanças e crises constantes que provocam violências estruturais e simbólicas, bem como resistências, emergência de novos movimentos sociais e resiliência de grupos vulnerabilizados e marginalizados, que estão em constante adaptação. O presente dossiê “Violências e resistências em saúde, educação e mídia” visa chamar a atenção e tornar visíveis as diferentes formas de violência que são geradas em múltiplas áreas e contextos, em vários países. No campo da saúde nos encontramos e enfrentamos um sistema hegemônico, que, com forte herança patriarcal, exerce violência desmedida sobre corporalidades, sobre as sexualidades e sobre as performatividades de gênero, dentre outros eixos, como o avanço sobre territórios tradicionais e o racismo ambiental, que afetam a saúde das comunidades. A educação é fundamental para o enfrentamento às múltiplas violências e ao futuro das novas gerações. Nos ambientes educativos escolares e não escolares encontramos histórias silenciadas ou transformadas que tentam nos fazer esquecer as ricas memórias históricas de povos subjugados e marginalizados. Uma história oficial dos grupos hegemônicos tende a invisibilizar outras narrativas. A educação surge como uma das ferramentas mais poderosas para combater o racismo, o sexismo, o machismo e educar as futuras gerações sobre tais práticas. É fundamentalmente uma aprendizagem baseada no respeito e na interculturalidade. A violência na mídia, muitas vezes se torna uma arma manipulada por grupos dominantes para formar opiniões e projetar discursos que moldam as relações étnico-raciais e de gênero. Constantemente são lançadas narrativas impregnadas de estigmas sociais dirigidas a grupos minoritários como sujeitos/as de direitos, carregadas de uma ideologia que propõe a branquitude e o branqueamento, o epistemicídio e o borramento de vozes plurais, como caminho a seguir e/ou violam corpos dissidentes e/ou grupos minoritários. Contudo, a mídia também pode se mostrar potente no enfrentamento às diversas formas de violências, ao reverberar vozes outrora reprimidas e possibilitar denúncias e ressignificações . Em suma, na articulação de campos epistemológicos transversais e amplos, este dossiê convoca à publicação de artigos que indaguem e visibilizem as violências estruturais, institucionais e simbólicas associadas ao gênero, sexualidades, corporalidades, racismo, diversidade, imposição de ideologias dominantes, estigmatização de comunidades, entre outras grandes questões.
v 11, n. 2, jul-dez/2023
Diversidade, gênero e sexualidade nas práticas corporais e esportivas
Organização: Profa. Dra. Silvana Vilodre Goellner (UFPel), Profa. dr. André Luiz dos Santos Silva (UFRGS) e Profa. Dra. Angelita Alice Jaeger (UFSM)
Proposta: O esporte, impulsionado pela visibilidade midiática dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo de Futebol tem promovido a exibição de corpos e subjetividades performantes. A presença de atletas cujos gêneros e sexualidades não se enquadram nas estéticas vigentes das cis-heteronormatividades têm fissurado discursos e representações que operam no sentido de normalizar os modos pelos quais os sujeitos aderem a sua prática. Considerando a pluralidade das manifestações corporais e esportivas, este dossiê tem por objetivo dar luz às pesquisas que as tematizem exemplificando suas dimensões culturais e identitárias, as relações e hierarquias de poder que as constituem ou que podem contribuir para contestá-las. Ao privilegiar tais estudos o dossiê procura analisar os mecanismos específicos através dos quais as práticas corporais e esportivas produzem e transformam as normas de gênero e sexualidade, assim como as formas em que atuam para construir, e/ou pôr em xeque, noções sobre os corpos, suas aparências e potencialidades. Serão benvindas pesquisas produzidas sob variados enfoques teórico-conceituais que se interseccionalizem com a área dos Estudos de Gênero cujo escopo proponha questões analíticas sobre corporalidades e práticas esportivas, para além das constatações do sexo, do gênero e da sexualidade.