Tornar-se cientista: narrativas de mulheres pesquisadoras no continente antártico
DOI:
https://doi.org/10.14295/de.v8iEspeciam.9804Resumo
O presente artigo tem, como foco, analisar as dificuldades e os obstáculos encontrados nas narrativas de mulheres cientistas, em um ambiente inóspito, de difícil acesso e majoritariamente masculino, como o Continente Antártico. Por meio de entrevistas semiestruturadas, o estudo busca dar visibilidade às narrativas de três pesquisadoras coordenadoras e de cinco pesquisadoras alunas, com experiências em embarques, estação e/ou acampamentos, nas quais é possível perceber que, nas relações de gênero, a partir de uma materialidade biológica, discursos são construídos, em função de atributos ditos masculinos ou femininos. Tais discursos indicam as atividades que podem ou não ser executadas por mulheres cientistas, emergindo, nos enunciados, aspectos que configuram discriminações, preconceitos velados como cuidados, o “funil” maternidade e o modo “feminino” de fazer ciência.
PALAVRAS-CHAVE: Relações de gênero. Antártica. Ciência.
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