MULHERES QUILOMBOLAS E POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA ANÁLISE SOBRE O RACISMO INSTITUCIONAL

Autores

  • Patrícia Krieger Grossi Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Simone Barros de Oliveira
  • Eliane Moreira de Almeida Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0003-3392-1263
  • Ana Caroline dos Santos Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v7iEspecial.9522

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar como ocorre o processo de efetivação das Políticas Públicas voltadas às mulheres quilombolas no Estado do Rio Grande do Sul, destacando o racismo institucional vivenciado por esse segmento. Foram entrevistadas mulheres e lideranças quilombolas do RS e as entrevistas foram analisadas com base na análise de discurso de Bardin. Nesse contexto, pode-se observar as formas de resistência pelas mulheres quilombolas, pois essas assumem um protagonismo na reivindicação de melhorias para suas comunidades e reinventam no seu cotidiano, estratégias de sobrevivência, mas também de mobilização política para pressionar gestores na busca de acesso aos seus direitos de cidadania.

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Publicado

2019-10-31

Como Citar

Krieger Grossi, P., Barros de Oliveira, S., Moreira de Almeida, E., & dos Santos Ferreira, A. C. (2019). MULHERES QUILOMBOLAS E POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA ANÁLISE SOBRE O RACISMO INSTITUCIONAL. Diversidade E Educação, 7(Especial), 121–132. https://doi.org/10.14295/de.v7iEspecial.9522

Edição

Seção

Diversidade em Debate