MULHERES QUILOMBOLAS E POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA ANÁLISE SOBRE O RACISMO INSTITUCIONAL

Autores

  • Patrícia Krieger Grossi Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Simone Barros de Oliveira
  • Eliane Moreira de Almeida Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0003-3392-1263
  • Ana Caroline dos Santos Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v7iEspecial.9522

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar como ocorre o processo de efetivação das Políticas Públicas voltadas às mulheres quilombolas no Estado do Rio Grande do Sul, destacando o racismo institucional vivenciado por esse segmento. Foram entrevistadas mulheres e lideranças quilombolas do RS e as entrevistas foram analisadas com base na análise de discurso de Bardin. Nesse contexto, pode-se observar as formas de resistência pelas mulheres quilombolas, pois essas assumem um protagonismo na reivindicação de melhorias para suas comunidades e reinventam no seu cotidiano, estratégias de sobrevivência, mas também de mobilização política para pressionar gestores na busca de acesso aos seus direitos de cidadania.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Edições Lisboa, 1977.

COSTA, Eliane Silvia; SCARCELLI, Ianni Regia. Psicologia, política pública para a população quilombola e racismo. Psicol. USP, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 357-366, ago. 2016. GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Racismo e antirracismo no Brasil. 3. ed. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo, 2009.

COORDENAÇÃO NACIONAL DE ARTICULAÇÃO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS QUILOMBOLAS (CONAQ). Racismo e violência contra quilombos no Brasil. Curitiba: Terra de Direitos, 2018. Disponível em: <https://terradedireitos.org.br/uploads/arquivos/publicacao-racismo.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2019.

CRENSHAW, Kimberle. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Ano 10. Estudos Feministas, 2002, p.171-188 http://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdf

GROSSI, Patricia Krieger e AGUINSKY, Beatriz. “Por uma nova ótica e uma nova ética na abordagem da violência contra as mulheres nas relações conjugais”. In: Patricia K. Grossi e Graziela Werba (orgs.) “Violências e Gênero: Coisas que a Gente não Gostaria de Saber. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.

HARVEY, David. Para entender o capital. São Paulo: Loyola, 2013.

IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço social em tempos de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.

OLIVEIRA, Simone Barros. Mulheres Quilombolas e o Acesso aos Direitos de Cidadania: Desafios para as Políticas Públicas. Relatório de Pós-Doutorado em Serviço Social, PUCRS: Porto Alegre, 2018.

MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de História Oral. São Paulo: Loyola, 1996. 78p.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 27. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. (Coleção temas sociais).

MINAYO, M. C. de S. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. 5º Edição.Hucitec-Abrasco: São Paulo-Rio de Janeiro, 1998.

PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, v.11, n.2, jul/dez. 2008. p. 263 a 274.

RISCADO, Jorge Luís de Souza, OLIVEIRA, Maria A. Batista, BRITO, Ângela M. Benedita Bahia. Vivenciando o Racismo e a Violência: um estudo sobre as vulnerabilidades da mulher negra e a busca de prevenção do HIV/aids em comunidades remanescentes de Quilombos, em Alagoas. Saúde Soc. São Paulo, v.19, supl.2, p.96-108, 2010.

SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

SANTOS, Simone Ritta dos. Comunidades quilombolas: as lutas por reconhecimento de direitos na esfera pública brasileira. 2012, Tese (Doutorado em Serviço Social)-Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em: <http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/505/1/437321.pdf >.

SILVA, José Fernando S. da. O método em Marx e o estudo da violência estrutural. Revista Serviço Social e Realidade, v. 13, n. 2, Franca/SP, 2004.

SOUZA, C. L. F.; ANTUNES, L. B.; NUNES, G. H. N. Mulheres Quilombolas e Educação. Identidade! | São Leopoldo | v.18 n. 3, ed. esp. | p. 382-386 | dez. 2013 | ISSN 2178-0437X Disponível em: http://periodicos.est.edu.br/identidade Acesso em 13 de maio de 2016.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. FLACSO. Brasilia, DF, 1ª edição, 2015. Disponível em www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em 30/09/2018.

WERNECK, Jurema. Racismo Institucional: uma abordagem conceitual. Trama Design, 2013. Disponível em:<http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/FINAL-WEB-Racismo-Institucional-uma-abordagem-conceitual.pdf>. Acesso em: 16 jul. 2018

YAZBEK, Maria Carmelita. Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez, 1993.

Downloads

Publicado

31-10-2019

Como Citar

Krieger Grossi, P., Barros de Oliveira, S., Moreira de Almeida, E., & dos Santos Ferreira, A. C. (2019). MULHERES QUILOMBOLAS E POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA ANÁLISE SOBRE O RACISMO INSTITUCIONAL. Diversidade E Educação, 7(Especial), 121–132. https://doi.org/10.14295/de.v7iEspecial.9522

Edição

Seção

Diversidade em Debate