O VILÃO SUSPEITO: O QUE HÁ DE ERRADO COM A MASCULINIDADE DOS VILÕES DA DISNEY?
DOI:
https://doi.org/10.14295/de.v7i2.9422Resumo
Toma-se como referência a concepção de gênero da perspectiva construtivista, a partir da qual" ser homem" ou "ser mulher" é compreendido como uma construção cultural. Como as identidades masculinas não hegemônicas têm sido visualmente construídas? Tem-se o objetivo de analisar a construção visual das identidades de gênero de quatro vilões masculinos da Disney. São eles: Gaston, Jafar, Scar e Governador Ratcliffe – antagonistas de A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992), O Rei Leão (1994) e Pocahontas (1995), respectivamente. A partir dos Estudos das Masculinidades sublinham-se as maneiras como a caracterização desses vilões sugerem masculinidades "suspeitas". Longe de identificar a sexualidade dos vilões, reflete-se sobre os por quês de as masculinidades-femininas estarem sob constante suspeita.
Downloads
Referências
ALEGRE, Luis. Elogio de la homosexualidad. Barcelona: Arpa Editores, 2017.
BADINTER, Elisabeth. XY, la identidad masculina. Madrid: Alianza Editorial, 1993.
BARRETO JANUÁRIO, Soraya. Masculinidades em (re)construção: gênero, corpo e publicidade. Covilhã: Editora LabCom, 2016.
CONNELL, Raewyn. Gênero em termos reais. São Paulo: nVersos, 2016.
CONNELL, Robert W. Políticas da masculinidade. Revista Educação & Realidade, Porto Alegre, v.20, n.2, p.185-206, 1995.
_______. La organización social de la masculinidad. In: VALDÉS, Teresa; OLAVARRÍA, José (orgs.). Masculinidad/es. Santiago: FLACSO/ISIS Internacional, Ediciones de las Mujeres, 1997, p. 31-48.
_______. Masculinidades. Ciudad Universitaria: UNAM-PUEG, 2003.
CORTÉS, José Miguel G. Hombres de mármol: códigos de representación y estrategias de poder de la masculinidad. Barcelona: EGALES, 2004.
FRIEDAN, Betty. O problema sem nome. In: FRIEDAN, Betty. A mística feminina. Petrópolis: Editora Vozes Limitada, 1971, p.17-31.
GUASCH, Oscar. Héroes, científicos, heterosexuales y gays: los varones en perspectiva de género. Barcelona: Edicions Bellaterra, 2006.
GUERRERO, Olivia Tena. Estudiar la masculinidad, ¿ para qué? In: GRAF, Norma Blazquez; PALACIOS, Fátima Flores; EVERARDO, Maribel Ríos (org.). Investigación Feminista: Epistemología, metodología y representaciones sociales. México: UNAM, Centro de Investigaciones Interdisciplinarias en Ciencias y Humanidades: Centro Regional de Investigaciones Multidisciplinarias : Facultad de Psicología, 2012, p. 271-292.
GIROUX, Henry. El ratonzito feroz: Disney o el fin de la inocencia. Traducción de Alberto Jiménez. Madrid: Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 2001.
JÚNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Máquina de fazer machos: gênero e práticas culturais, desafio para o encontro das diferenças. In: MACHADO, Charliton José dos Santos; SANTIAGO, Idalina Maria Freitas Lima; NUNES, Maria Lúcia da Silva (orgs.). Gênero e práticas culturais: desafios históricos e saberes interdisciplinares. Campina Grande: EDUEPB, 2010, p. 21-34.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. Pedagogia do armário: a normatividade em ação. Retratos da Escola, Brasília, v. 7, p. 481-498, 2013. Disponível em <http://www.esforce.org.br/index.php/semestral/article/view/320>. Acesso em 10 de jan. de 2016.
KIMMEL, Michael. Homofobia, temor, vergënza y silencio en la identidad masculina. In: VALDÉS, Teresa; OLAVARRÍA, José (orgs.). Masculinidad/es. Santiago: FLACSO/ISIS Internacional, Ediciones de las Mujeres, 1997, p. 49-62.
_______. A produção simultânea de masculinidades hegemônicas e subalternas. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, n.9, 1998, p. 103-117. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ha/v4n9/0104-7183-ha-4-9-0103.pdf>. Acesso em 13 de mar. de 2018.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A natureza no desenho animado ensinando sobre homem, mulher, raça, etnia e outras coisas mais... Tese (Doutorado) PósGraduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003.
KRAUSE, Katia Iracema. O rato vai à guerra - Como o Mickey Mouse se tornou uma imagem de poder dos EUA, 1928-1946. Dissertação (Mestrado) Pós-graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
_______. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
MONTEIRO, Marko. Tenham piedade dos homens!: masculinidades em mudança. Juiz de Fora: FEME, 2000.
NUNES, Luciana Borre ; MARTINS, Raimundo . "Esse é o jeito rebelde de ser": produzindo masculinidades nas salas de aula. Revista Digital do LAV, v. 8, p. 3, 2012.
PERRY, Grayson. La caída del hombre. Barcelona: Malpaso Ediciones, 2018.
RIBEIRO, Cláudia Regina. O corpo masculino nos discursos de homens e da Revista Men's Health. In: STREY, Marlene Neves; MÜHLEN, Bruna Krinberg Von; KOHN, Kelly Cristina (orgs.). Caminhos de homens: Gênero e movimentos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014, p. 29-56.
SABAT, Ruth. Filmes infantis e a produção performativa da heterossexualidade. Tese (Doutorado). Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, 2003.
SANTOS, Caynnã de Camargo. O vilão desviante: Ideologia e Heteronormatividade em filmes de animação longa-metragem dos estúdios Disney. Dissertação (Mestrado) Pósgraduação em Estudos Culturais, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
SEFFNER, Fernando; GUERRA, Oscar Ulloa. Nem tão velhas, nem tão alternativas, nem tão tradicionais, nem tão diversas, mas nem por isso menos importantes: uma reflexão sobre a produção de "novas masculinidades" na contemporaneidade. In: STREY, Marlene Neves; MÜHLEN, Bruna Krinberg Von; KOHN, Kelly Cristina (orgs.). Caminhos de homens: Gênero e movimentos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014, p. 57-74.
VIANNA, Maria Letícia Rauen. Desenhando com todos os lados do cérebro: possibilidades para transformação das imagens escolares. Curitiba: Ibpex, 2010
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista Diversidade e Educação o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Diversidade e Educação acima explicitadas.