É BIOLÓGICO OU SOCIAL?

CONTRIBUIÇÕES PARA DESNATURALIZAÇÃO DO GÊNERO E SEXUALIDADE EM UM CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

Autores

Resumo

É comum que conservadores usem perspectivas biológicas e químicas para justificarem a violência e descriminação da comunidade LGBTQIAPN+. Portanto, esta pesquisa é um estudo de caso em que foram realizados dois grupos focais com professores de ciências/química em formação inicial para discutir como o gênero e a sexualidade foram ganhando contornos científicos ancorados no corpo e como isso molda o imaginário de professores/as de ciências/química, evidenciando como a ciência fracassou nas tentativas de naturalização do gênero e da sexualidade e mesmo assim adquiriu status científico, sendo usada como uns instrumento de dominação masculina. Percebemos que existe muita desinformação relacionadas aos atravessamentos de gênero e a sexualidade no campo das ciências da natureza; as construções bioquímicas do corpo ainda são usadas como base nas diferenciações de gêneros e sexualidades; é necessário repensar a construção bioquímica do corpo para uma perspectiva plural e diversa e investir na formação e capacitação de professores.

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Biografia do Autor

Washington Marcos Camilo, UFG

Graduado em Licenciatura em Química pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com iniciação científica em Ensino de Química para pessoas com Deficiência Visual. Trabalhou no Projeto de Extensão Cursinho Popular PreparaTrans da Faculdade de Educação da UFG. Mestre em Educação em Ciências e Matemática na área de Gênero, Sexualidade e Formação Inicial de Professores de Ciências/Química. Doutorando em Educação em Ciências e Matemática também pela Universidade Federal de Goiás n área de Jogo, Gênero e Sexualidade para Educação Química em Espaços Não Formais. Atua como Professor de Química nível médio, em curso pré-vestibular, ensino superior e bolsista CAPES.

Márlon Herbert Flora Barbosa Soares, Universidade Federal de Goiás

Cursei Licenciatura em Química na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), entre 1992 e 1998. Desde 1993, até antes de me mudar para São Carlos -SP em 1999 para cursar o mestrado, ministrava aulas de química e física no ensino médio público. Em 2001, após dois anos, terminei meu mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), trabalhando com ensino de química analítica. Minha dissertação versava sobre a caracterização e aplicação de corantes naturais de flores em equilíbrio químico, mudança de coloração, indicadores naturais enfim. No mesmo ano, 2001, logo após a defesa de dissertação, fui aprovado para o doutorado em química, também pela UFSCar, minha tese versava sobre o uso de jogos em ensino de química. Conclui o doutorado em 2004, três anos após meu ingresso e dois anos após ter sido aprovado em concurso público para professor assistente na Universidade Federal de Goiás, onde estou atualmente. Hoje sou PROFESSOR TITULAR e um dos professores da área de ensino de química do Instituto de Química da UFG. Coordeno o Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas (LEQUAL), grupo registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e que também conta com financiamento deste mesmo órgão. Fui coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência do curso de Licenciatura em Química do IQ - UFG entre 2008-2012. Coordenei o estágio de licenciatura por 5 anos, entre 2003 e 2008, período de direcionamento, implantação e regulamentação do estágio docente no Brasil e na UFG. Sou pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (NUPEC) da UFG, com financiamento do CNPq e do FINEP. Orientei 18 alunos de doutorado, 37 alunos de mestrado e 34 alunos de Iniciação Científica até o presente momento, além de 25 monografias de final de curso, implantadas em 2007 na licenciatura em Química da UFG. Atualmente, oriento 4 alunos de mestrado e 8 alunos de doutorado pelo PPGQ E PPGECM da UFG. Publiquei até o momento 111 artigos em periódicos especializados e 358 trabalhos em anais de eventos científicos, sendo 115 deles, trabalhos completos. Tenho 25 capítulos de livro publicados, e no final do ano de 2008, lancei meu primeiro livro: Jogos em Ensino de Química, teoria, métodos e aplicações, que se encontra na 2a edição no ano de 2023. No ano de 2018 lanço um livro novo: Didatização Lúdica no Ensino de Química/Ciências, em parceria com Cleophas, M. G. Finalmente, as linhas de pesquisa em que atuo são: Jogos e Atividades Lúdicas Aplicadas ao Ensino de Química; Ciência e Religião; Formação de Conceitos; Inclusão Digital de Professores de Ciências e Robótica Educacional em Ensino de Ciências.

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Publicado

13-12-2025

Como Citar

CAMILO, Washington Marcos; FLORA BARBOSA SOARES, Márlon Herbert. É BIOLÓGICO OU SOCIAL? : CONTRIBUIÇÕES PARA DESNATURALIZAÇÃO DO GÊNERO E SEXUALIDADE EM UM CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA. Diversidade e Educação, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 2528–2555, 2025. Disponível em: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/20105. Acesso em: 14 dez. 2025.