OXUMARÊ CONTRA O GÊNERO COLONIAL

MASCULINIDADES, FLUIDEZ E PEDAGOGIAS DE TERREIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.63595/dedu.v13i2.20067

Resumo

O artigo analisa a figura mitológica de Oxumarê, Orixá do panteão iorubá, como símbolo subversivo da masculinidade hegemônica à luz de uma epistemologia afro-diaspórica. Partindo da crítica ao sistema moderno/colonial de gênero, a pesquisa propõe uma leitura de Oxumarê como expressão de fluidez, androginia e transformação, desestabilizando as normas de gênero coloniais e patriarcais. Com base em fontes clássicas da mitologia afro-brasileira e em diálogo com os estudos de gênero, teorias decoloniais e pedagogias críticas, argumenta-se que Oxumarê representa um "corpo estranho" que desafia a lógica binária e oferece uma pedagogia da transgressão. A pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa demonstra que os terreiros de Candomblé, enquanto espaços educativos não formais, já praticam uma contra-pedagogia que valoriza a diversidade e resiste à norma. Assim, a figura de Oxumarê é compreendida como ferramenta epistêmica e pedagógica para a construção de uma educação antirracista, anti-homofóbica e promotora da equidade de gênero.

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Biografia do Autor

Jackson Rodrigues, UFRGS

Licenciado em Psicopedagogia e mestrando em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: jrodrigues074@gmail.com

Juliana Vargas, UFRGS

Doutora em Educação e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: julivargasufrgs10@gmail.com.

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Publicado

13-12-2025

Como Citar

RODRIGUES, Jackson; VARGAS, Juliana. OXUMARÊ CONTRA O GÊNERO COLONIAL: MASCULINIDADES, FLUIDEZ E PEDAGOGIAS DE TERREIRO. Diversidade e Educação, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 974–988, 2025. DOI: 10.63595/dedu.v13i2.20067. Disponível em: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/20067. Acesso em: 14 dez. 2025.