PEDAGOGIAS ALGORÍTMICAS DA MASCULINIDADE:

INCELS, FAMÍLIAS E A DISPUTA POR SENTIDOS NO DIGITAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.63595/dedu.v13i2.20049

Resumo

Este artigo analisa duas publicações no Instagram sobre a minissérie Adolescência (Netflix, 2025), à luz dos Estudos de Gênero, dos Estudos Culturais e das teorias foucaultianas, em perspectiva pós-crítica. A pesquisa, de caráter qualitativo e documental, utiliza a uma metodologia inspirada na análise do discurso para examinar como famílias são convocadas pelas redes para se responsabilizar pela prevenção da radicalização incel de meninos, em contraste com a invisibilização da responsabilidade das plataformas digitais. Os resultados apontam que as narrativas observadas tendem a individualizar o problema, reforçando a responsabilização materna e familiar, ao mesmo tempo em que desconsideram o papel das big techs, suas lógicas algorítmicas e a ausência de regulação. Argumenta-se que as redes sociais não funcionam como meros reflexos sociais, mas são produções socioculturais que operam como dispositivos pedagógicos que produzem subjetividades e pedagogias de gênero. Assim, evidencia-se a urgência de compreender a relação entre masculinidades, algoritmos e radicalização na cultura digital contemporânea.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Victória Nobica Marques do Nascimento, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Constantina Xavier Filha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduada em Pedagogia pela Faculdade Unidas Católicas de Mato Grosso (1990), com mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1998), doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação - FEUSP (2005), realizou o primeiro Pós-Doutorado pela Unicamp (2014-2015) e o segundo pela UNIRIO (2019-2020). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS, campus de Campo Grande, atuando na Faculdade de Educação - FAED/Curso de Pedagogia. Atua na formação inicial e continuada de educadoras e educadores e em pesquisas nas seguintes áreas: educação para a sexualidade, estudos de gênero, sexualidades, gêneros e educação(ções), violências de gênero, violências contra crianças e adolescentes, direitos humanos e relações pedagógicas. Líder/coordenadora do GEPSEX - Grupo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades, Educação e Gênero - CNPq/UFMS. Autora e organizadora de livros, artigos e materiais educativos para a educação para a sexualidade, para a equidade de gênero e para a diversidade sexual, entre eles, livros para a infância. Diretora e Produtora de filmes de animação produzidos com crianças de escolas públicas de Campo Grande/MS: Jéssica e Júnior no mundo das cores (2010); Ser criança em Campo Grande: um documentário animado (2011); A Princesa Pantaneira (2012); Queityléia em perigos reais (2012); João e Maria: dos contos à realidade (2013); Direitos das crianças: uma aventura intergaláctica (2013); Cantando os direitos das crianças (2016); Eu protejo meu corpo (2017); Mariquinha no mundo da imaginação (2019); Princesa Pantaneira YouTuber (2020); Princesa Pantaneira responde: cinema? (2020) e Brincar de fazer cinema com crianças (2020).

Downloads

Publicado

13-12-2025

Como Citar

NOBICA MARQUES DO NASCIMENTO, Victória; XAVIER FILHA, Constantina. PEDAGOGIAS ALGORÍTMICAS DA MASCULINIDADE:: INCELS, FAMÍLIAS E A DISPUTA POR SENTIDOS NO DIGITAL. Diversidade e Educação, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 2058–2085, 2025. DOI: 10.63595/dedu.v13i2.20049. Disponível em: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/20049. Acesso em: 14 dez. 2025.

Edição

Seção

Tecnologias digitais, Mídias e Cibercultura