SANGRAR É VERBO

NARRATIVAS MENSTRUAIS E OS SILÊNCIOS ROMPIDOS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.63595/de.v13i1.18432

Resumo

Este artigo busca analisar as transformações do ativismo e da educação menstrual nas últimas décadas, com foco nas representações da menstruação em narrativas contemporâneas da literatura infantojuvenil. Parte-se da compreensão de que os discursos sobre o corpo e a sexualidade são historicamente construídos e disputados, e que a literatura voltada ao público jovem tem se tornado um espaço fértil para a problematização de temas tradicionalmente silenciados, como a menstruação. O estudo busca responder à seguinte questão: como as transformações culturais em relação à menstruação causaram efeitos na literatura infantojuvenil? Trata-se de um estudo de caráter exploratório e preliminar, fundamentado em revisão crítica de literatura e na análise de iniciativas culturais e educativas vinculadas ao ativismo menstrual. A discussão se apoia nos Estudos Culturais e em autoras que investigam os efeitos das narrativas sobre subjetividades, corpos e práticas educativas, bem como em estudos sobre a pedagogização da cultura. Inicialmente, são discutidas as mudanças culturais e políticas que marcam a chamada virada menstrual. Em seguida, analisam-se produções acadêmicas que exploram o potencial educativo da literatura infantojuvenil no campo da educação menstrual. Ao final, propõe-se uma reflexão sobre como essas narrativas podem operar como dispositivos pedagógicos que contribuem para a construção de saberes sobre o corpo, o gênero e os direitos menstruais.

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Biografia do Autor

Michelle Brugnera Cruz Cechin, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Licenciada em Pedagogia pela Faculdade Porto-Alegrense, Mestra em Psiquiatria e Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Cristianne Maria Famer da Rocha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Educação junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora da Escola de Enfermagem, Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Programa em Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

16-08-2025

Como Citar

CECHIN, Michelle Brugnera Cruz; FAMER DA ROCHA, Cristianne Maria. SANGRAR É VERBO: NARRATIVAS MENSTRUAIS E OS SILÊNCIOS ROMPIDOS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL. Diversidade e Educação, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 1281–1305, 2025. DOI: 10.63595/de.v13i1.18432. Disponível em: https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/18432. Acesso em: 5 dez. 2025.