BIOLOGIAS FEMINISTAS PARA UMA ESCOLA SEM MORDAÇA
POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS PARA DISCUTIR SEXO/GÊNERO NA EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.14295/de.v12i2.17987Resumo
O presente trabalho apresenta um relato reflexivo-teórico a partir de situações ocorridas em sala de aula que passaram pela interpelação e tentativa de censura ao se ministrar conteúdos de sexo/gênero e sexualidade. A censura aos conteúdos escolares e às intervenções docentes é herança de alguns movimentos reativos no Brasil, entre os quais, o Escola Sem Partido (ESP), movimento calcado em bases conservadoras e fundamentalistas religiosas, que sustentou uma falsa ideia de neutralidade pedagógica e defesa da autonomia dos estudantes. Esse autodenominado programa fortaleceu inúmeros projetos e tentativas de cerceamento docente. Embora finalizado, sua ideologia persiste, expressando-se até mesmo na tentativa de amordaçar as ações docentes por parte de alunas/os e professoras/es conservadores e reativos às discussões de sexo/gênero e sexualidade. No texto, narra-se a necessidade de desenvolver estratégias pedagógicas para lidar com as censuras antigênero no espaço escolar. Busca-se também defender a relevância das teorizações de biologias feministas como embasamento para estratégias pedagógicas no Ensino de Biologia. A perspectiva biológica feminista, como gancho pedagógico, forneceu conceitos para mobilizar discussões não deterministas sobre sexo/gênero, em especial, ao apresentar o tema intersexos em sala de aula, possibilitando a reflexão docente sobre dualismos natureza-cultura e o enfrentamento às narrativas conservadoras que embasam tentativas de censura.
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