EDUCAÇÃO TRANSDEFIÇA

REFLEXÕES SOBRE CORPONORMATIVIDADE, EXCLUSÃO E SILENCIAMENTO DE PESSOAS TRANS COM DEFICIÊNCIA EM ESPAÇOS FORMAIS DE EDUCAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v12i1.16662

Resumo

O presente artigo é resultado parcial da pesquisa realizada durante o Mestrado em Educação de uma das pessoas autoras, que é trans e possui deficiência visual. O tema contempla a educação de transdefiças, e aqui, nosso objetivo geral é discutir como pessoas trans com deficiência, mais especificamente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), vivenciaram o ensino formal. O objetivo específico é entender como a corponormatividade implica na exclusão e silenciamento de corpos dissidentes no espaço escolar. Questionamos: como foi para pessoas trans com TEA frequentar espaços de educação formal? Apontamos como referenciais teóricos a Teoria Crip e transfeminismos, em uma metodologia qualitativa na modalidade pesquisa de campo, contribuindo com um trabalho autoetnográfico, com escrita autobiográfica em primeira pessoa. Entre os resultados compreendemos que existe uma norma social heterocisgênera corponormativa e compulsória, atuando historicamente como mecanismo violento de apagamento e exclusão de corpos transdefiças. Nossas considerações revelam que as pessoas trans com deficiência enfrentaram inúmeras violências nos espaços formais de educação, como violências sistêmicas, transfobia, lgbfobia, gordofobia etc.

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Biografia do Autor

Eliane Rose Maio, Universidade Estadual de Maringá/Professora colaboradora do programa de Pós-Graduação em Educação

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (1984), Mestrado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP/Assis (2002), Doutorado em Educação Escolar - UNESP/Araraquara (2008), Pós-doutorado em Educação Escolar na UNESP/Araraquara, com a temática da Trajetória da Educação Sexual no Brasil. É professora da Universidade Estadual de Maringá, no Programa de Pós-graduação em Educação (PPE), Mestrado e Doutorado. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: psicopedagogia, aprendizagem, sexualidade, gênero, diversidade sexual e educação em sexualidade. Realizou um estágio na Universidade de Alcalá, em Guadalajara - Espanha, como bolsista da Fundación Carolina, com um projeto sobre Formação Docente e Gênero. Professora do Mestrado e Doutorado em Educação - PPE, UEM. É vice-coordenadora do GT23: Gênero, Sexualidade e Educação, da ANPEd (2022-2024). É líder do grupo de pesquisa CNPq, intitulado Núcleo de Pesquisa e Estudo em Diversidade Sexual - NUDISEX. Autora dos livros: 1) O NOME DA COISA, fruto da tese de Doutorado, 2) VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA: contributos para a formação docente. 3) GÊNERO, DIREITOS E DIVERSIDADE SEXUAL: trajetórias escolares (Org.); 4) OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO: entre políticas públicas e práticas pedagógicas (Org.), 5) Educação, saúde, gênero e sexualidade: diálogos possíveis (Org.), 6) Educação, gênero e feminismos: resistências bordadas com fios de luta (Org.). 7. Gênero e Sexualidade; interfaces educativas (Org.) 8) Gênero, sexualidades e diferenças: categorias de análises, (des)territórios de disputas e 9) Gêneros e Sexualidades: 10 anos de luta do NUDISEX (Org.).

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Publicado

12-08-2024

Como Citar

Antoniassi Sassine, L., Soares Barcelo de Miranda, S., & Maio, E. R. (2024). EDUCAÇÃO TRANSDEFIÇA: REFLEXÕES SOBRE CORPONORMATIVIDADE, EXCLUSÃO E SILENCIAMENTO DE PESSOAS TRANS COM DEFICIÊNCIA EM ESPAÇOS FORMAIS DE EDUCAÇÃO. Diversidade E Educação, 12(1), 1166–1187. https://doi.org/10.14295/de.v12i1.16662