O objeto jogado do quarto andar era um corpo – de mulher

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DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v7i1.8681

Resumo

Neste artigo, problematizamos a notícia do G1 sobre o feminicídio da advogada de Guarapuava, no Paraná, Tatiane Sptizner, em 22 de julho de 2018. Objetivamos relacionar a violência cometida contra de Tatiane às discussões feministas que visualizam o silêncio como um dos muitos tentáculos do machismo. Discutimos de modo teórico e crítico para ressalvar as vozes femininas que são jogadas no esquecimento quando outro caso semelhante de violência contra a mulher ganha repercussão midiática. Entendemos que a violência contra a advogada é um resquício do machismo estruturado nesta realidade, e que a repercussão sobre seu caso está diretamente atrelada à sua condição de mulher.

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Biografia do Autor

Fernanda Amorim Accorsi, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Professora do curso de Comunicação e Multimeios (UEM))
Doutora em Educação (UEM)
Mestra em Educação (UEM)
Especialista em Comunicação e Educação (FCV)
Pedagoga (UEM)
Jornalista (Faculdade Maringá)

Eliane Rose Maio, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (1984), Mestrado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP/Assis (2002), Doutorado em Educação Escolar - UNESP/Araraquara (2008), Pós-doutorado em Educação Escolar na UNESP/Araraquara, com a temática da Trajetória da Educação Sexual no Brasil. É professora da Universidade Estadual de Maringá, no Departamento de Teoria e Prática da Educação.

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Publicado

2019-09-11

Como Citar

Accorsi, F. A., & Maio, E. R. (2019). O objeto jogado do quarto andar era um corpo – de mulher. Diversidade E Educação, 7(1), 27–38. https://doi.org/10.14295/de.v7i1.8681