MASCULINIDADES POSTAS À PROVA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS TÊM A VER COM ISSO?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v8i2.12100

Resumo

Apresentamos neste texto, a partir de relatos de duas professoras/autoras, dos anos iniciais de uma escola municipal do Rio de Janeiro, um debate sobre produção curricular como política pública para o ensino das diversidades e questões de gênero, em especial masculinidades. Partindo das narrativas e entendendo-as como elementos potencializadores da reflexão/ação/ressignificação, buscamos responder as seguintes questões: como as famílias lidam com as construções acerca das masculinidades de seus filhos? Como se constituem essas masculinidades? De quais modos as políticas públicas podem contribuir para essas discussões? O cotidiano da escola é crucial para aprender, se constituir e saber se relacionar com os outros de forma respeitosa. Nesse sentido as políticas públicas e, mais precisamente, o currículo - que surge baseado nessas políticas, é também o fazer dos sujeitos na escola e considerado um dos pilares na construção dos saberes docentes e discentes, incluindo as construções das identidades e, consequentemente, das diferenças.

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Biografia do Autor

Claudia Jorge de Freitas, Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro - SME/RJ

Mestra pelo Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (PPGEB/CAp-UERJ).Professora de Ensino Fundamental (Anos Iniciais) da SME/RJ. Pedagoga. Psicopedagoga.. Membro do Grupo de Pesquisa Formação em Diálogo – GPFORMADI. Área de Pesquisa: Narrativas, Experiências, Cotidiano Escolar, Interseccionalidades e Estudos de Gênero e Sexualidades na Escola.

Gabriella de Oliveira Dias, Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro - SME/RJ

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (PPGEB/CAp-UERJ).Professora de Ensino Fundamental (Anos Iniciais) da SME/RJ. Pedagoga.

Jonê Carla Baião, Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ).

Professora Adjunta da UERJ no Programa de Pós Graduação de Ensino em Educação Básica no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (PPGEB/CAp-UERJ). Doutora em Letras – PUC-Rio.  Membro do Grupo de Pesquisa Formação em Diálogo – GPFORMADI. Áreas de Pesquisa: Identidades de Gênero e Ensino, Formação de Professores e Ensino da Língua Materna.

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Publicado

2021-01-15

Como Citar

Jorge de Freitas, C., Dias, G. de O., & Baião, J. C. (2021). MASCULINIDADES POSTAS À PROVA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS TÊM A VER COM ISSO?. Diversidade E Educação, 8(2), 202–228. https://doi.org/10.14295/de.v8i2.12100

Edição

Seção

Dossiê: Diversidade, gênero e sexualidade nas políticas públicas