A atualidade da categoria Diálogo em Freire em tempos de “Escola sem partido”

Autores

  • Vilmar Alves Pereira
  • Graziela Rinaldi da Rosa

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.6895

Palavras-chave:

Escola Sem Partido, Diálogo, Freire, Pedagogia, Opressor/a

Resumo

O diálogo consiste numa categoria que perpassa a história do Pensamento na tradição ocidental. Houve, no entanto, momentos em que os diálogos foram utilizados para dominar. Em outros, para manipular ou persuadir. Em alguns casos esporádicos, para educar, aprender e libertar. Os diálogos não são estabelecidos num vazio. Sempre ocorrem a partir de um contexto. Também não são homogêneos, mas marcados pela pluralidade dos cenários de onde emanam e das ideologias que ali se estabelecem, e procuram dar sentido à vida dos sujeitos que fazem parte desses arranjos existenciais. Após a emergência do Movimento brasileiro “Escola Sem Partido” nos questionamos: existem condições necessárias para o estabelecimento do diálogo com essa prática que se apresenta antagônica em relação aos princípios da educação e sociedade libertária? Em que medida essa face da Pedagogia do Opressor necessita ser reconhecida, compreendida e enfrentada? Após 20 anos da morte de Freire, que inspirações a categoria diálogo como também a sua trajetória nos permitem no sentido de resistirmos e reaprendermos o Brasil da Escola sem Partido? Desse modo, este artigo, num primeiro momento, discorre sobre a importância do diálogo a partir de Freire; num segundo, apresenta a “Escola Sem Partido” como uma das expressões da Pedagogia do Opressor problematizando o papel político da educação e desmitificando a identidade dessa proposta, e uma suposta neutralidade da Educação.

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Biografia do Autor

Vilmar Alves Pereira

Doutor em Educação; professor e pesquisador no Instituto de Educação e nos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU/FURG) e Educação Ambiental (PPGEA/FURG) – Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Fundamentos da Educação Ambiental e Popular (GEFEAP), da Universidade Federal do Rio Grande; editor-chefe da Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA).

Graziela Rinaldi da Rosa

Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS/RS); Professora Adjunta do Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio Grande. Graduada em Licenciatura Plena em Filosofia e Geografia. Especialista em Metodologia do Ensino. Atuou treze anos como educadora no ensino fundamental e Médio. Atua na Formação de Professores/as. Militante do Movimento Feminista e problematiza as Relações de Gênero na Educação e na Filosofia. Integrante da frente em Defesa da Democracia/FURG. Integrante da Frente Gaúcha Escola Sem Mordaça. Coordenadora do Coletivo Feminista Dandara/FURG; Coletivo Pomerano e Núcleo de Estudos Afrobrasileiro e Indígena/NEABI-FURG/SLS.

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Publicado

2017-06-01

Como Citar

Pereira, V. A., & Rosa, G. R. da. (2017). A atualidade da categoria Diálogo em Freire em tempos de “Escola sem partido”. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 91–111. https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.6895