Agrotóxicos como questão sociocientífica na Educação CTSA<br>Agrotoxics as Socioscientific Issue in STSE Education

Autores

  • Maria Aparecida Silva Andrade Universidade Federal da Bahia\ Universidade Estadual de Feira de Santana.
  • Dália Melissa Conrado Doutora em Ecologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
  • Nei Freitas Nunes-Neto Professor Adjunto do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
  • Rosiléia Oliveira Almeida Professora adjunta na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Professora do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v33i1.5378

Palavras-chave:

ensino de ciências, questões sociocientíficas, ensino e aprendizagem.

Resumo

Considerando a importância econômica do agronegócio e suas desvantagens socioambientais, percebemos a relevância do tema agrotóxicos na educação científica, a fim de contribuir para a formação de cidadãos críticos. Com base no contexto da educação Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente e utilizando questões sociocientíficas (QSCs) como estratégia de ensino, esse artigo discute resultados parciais da aplicação de uma Sequência Didática, tendo como núcleo uma QSC sobre agrotóxicos. A análise dos resultados indicou que o tema agrotóxicos possibilita a abordagem de dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais do conteúdo científico, permitindo a superação de determinados problemas de abordagens pedagógicas tradicionais. Também destacamos reflexões sobre ética e política, especialmente sobre interesses do mercado nas decisões acerca da adoção dos agrotóxicos. Como perspectivas futuras, ressaltamos o potencial para realizar ações sociopolíticas ao final da aplicação da Sequência Didática

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Biografia do Autor

Maria Aparecida Silva Andrade, Universidade Federal da Bahia\ Universidade Estadual de Feira de Santana.

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História da Ciência\ Instituto de Física.

Dália Melissa Conrado, Doutora em Ecologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana.Pesquisadora do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEHFBio)

Nei Freitas Nunes-Neto, Professor Adjunto do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Doutor em Ecologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).Pesquisador do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEHFBio)

Rosiléia Oliveira Almeida, Professora adjunta na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Professora do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Coordenadora do grupo de pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática (EnCiMa).

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Publicado

2016-05-31

Como Citar

Silva Andrade, M. A., Conrado, D. M., Nunes-Neto, N. F., & Almeida, R. O. (2016). Agrotóxicos como questão sociocientífica na Educação CTSA<br>Agrotoxics as Socioscientific Issue in STSE Education. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 33(1), 171–191. https://doi.org/10.14295/remea.v33i1.5378