Parasita (s), contaminados, invisíveis, abissais
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.11331Palabras clave:
currículo – invisibilidade – necropolíticaResumen
Este artigo foi escrito a seis mãos durante o período de pandemia de coronavírus ao longo dos meses de março e abril do ano de 2020, envolvendo contatos exclusivamente virtuais entre autores. Considera o contexto de pandemia e os debates propostos pelo filme Parasita (BONG, 2019), tecendo forte crítica anticapitalista, e argumenta que as criações de praticantes dos currículos nas escolas são conhecimentos e solidariedades que abalroam as linhas abissais do ocidente capitalista, CISheteroBrancopatriarcal e colonial e desafiam os mapas necropolíticos. Conclui que há resistência e criação na arte e nos cotidianos escolares.Descargas
Citas
ALVES, Nilda. Tecer conhecimento em rede. In: ALVES, Nilda.; GARCIA, Regina. Leite. (org). O sentido da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p. 111-120.
ARROYO, Miguel. Gonzalez. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester. et al. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo: Cortez, 2010. p. 35-98.
BAUMAN, Zigmunt. Capitalismo parasitário: e outros temas contemporâneos. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
BHABHA, Hommi. K. O local da cultura. Trad. de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renata Gonçalves. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1998.
Bolsonaro discursa em Brasília para manifestantes que pediam intervenção militar. Brasilia, G1-Globo. 19.04.2020. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/04/19/bolsonaro-discursa-em-manifestacao-em-brasilia-que-defendeu-intervencao-militar.ghtml?fbclid=IwAR3KZBUd7sh3HuzIJfnU86CQ29aaHIEBk3hN45GecXgcAENTRrbqJ3xUv1U. Acesso em: 08.06.2020.
BONG. Joon. Ho. PARASITA. Direção de Joon-ho Bong. [s.i]: Barunson E&a, 2019. Son., color. Legendado. Distribuidora Pandora. 2019.
CAMPOS, Marina. Santos. Nunes. de. Rápido como um gafanhoto. In: REIS, Graça. Regina. Franco. DA Silva., FLORES, Renata. Narrativas: histórias da/na escola. Petrópolis: DP et Alii.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Artes de fazer. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
CERTEAU, Michel de. A cultura no plural. Campinas, SP: Papirus, 2012.
COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. Companhia das Letras, 2009, p. 8-14.
DUSCHATZKY, Silvia; SKLIAR, Carlos. O nome dos outros. Narrando a alteridade na cultura e na educação. In: SKLIAR, Carlos; LARROSA, Jorge. Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença. Rio de Janeiro: Autêntica, 2001, p.119-138.
ECO, Umberto. Pós-escrito a O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2017.
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
KILOMBA, Grada. Memórias de plantação: episódios de racismo quotidiano. Lisboa: Orfeu Negro, 2019.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
MBEMBE, Achile.; BERCITO, Diego. Entrevista: Pandemia democratizou poder de matar, diz autor da teoria da 'necropolítica'. Folha de São Paulo. 30.mar.2020. (p. 1) Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/03/pandemia-democratizou-poder-de-matar-diz-autor-da-teoria-da-necropolitica.shtml . Acesso em: 11 abr. 2020.
MBEMBE, Achile. Biopoder soberania estado de exceção política da morte. Arte & Ensaios. Revista do PPGAV/EBA/UFRJ | n. 32 | dezembro 2016.
OLIVEIRA, Inês. Barbosa de. Currículos Praticados – entre a regulação e a emancipação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
OLIVEIRA, Inês. Barbosa de. Espaços educativos em imagens. In: OLIVEIRA, I. B.; SGARBI, P. (org.). Fora da escola também se aprende. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
OLIVEIRA, Inês. Barbosa de.; SÜSSEKIND, Maria. Luiza. Tsunami Conservador e Resistência: a CONAPE em defesa da educação pública. Revista Educação & Realidade, v. 44, n. 3, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2175-62362019000300400&script=sci_arttext. Acesso em: 10 abr. 2020.
PINAR, William. F. The gender of racial politics and violence in America: Lynching, prison rape, and the crisis of masculinity. New York: Peter Lang, 2001
PRECIADO, Paul. Ser trans é cruzar uma fronteira política. 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/09/cultura/1554804743_132497.html. Acesso em: 10 abr. 2020, p. 1.
REIS, Graça. Regina. Franco. Da Silva. Narrativa de experiênciaprática como possibilidade de justiça cognitiva. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.14, n.04, p. 1332 – 1357 out./dez. 2016. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/viewFile/29607/21866. Acesso em: 10 abr. 2020.
SANTOS, Boaventura de. Sousa.; Crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2001.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências*. Revista Crítica de Ciências Sociais, [s.l.], n. 63, p. 237-280, 1 out. 2002. OpenEdition. http://dx.doi.org/10.4000/rccs.1285. Acesso em: 10 abr. 2020.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. (orgs); Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado: São Paulo: Cortez, 2004.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Revista Crítica de Ciências Sociais, 78, Outubro 2007: p. 3-46. 2007.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, Boaventura de. Sousa.; MENESES, Maria. Paula. (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo, Cortez, 2010. p. 31-83.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. Se Deus fosse um activista dos direitos humanos. Coimbra: Ed. Almedina, 2013.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
SANTOS, Boaventura de. Sousa. A Pedagogia do Vírus. Portugal: Ed. Almedina, 2020.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso – da escravidão à lava jato. Ed.Leya, 2017.
SPIVAK, Gayatri. Chakravorty. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
SÜSSEKIND, Maria. Luiza. As (im)possibilidades de uma Base Comum Nacional. Revista e-Curriculum, PUCSP, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 151 -1529, 2014a. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/viewFile/21667/15917. Acesso em: 10 abr. 2020.
SÜSSEKIND, Maria. Luiza. Taking Advantage of the Paradigmatic Crisis: Brazilian Everyday Life Studies as a new epistemological approach to the understanding of teachers’ work. Revista Citizenship, Social and Economics Education, v. 13, n. 3, p. 199-210, 2014b. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.2304/csee.2014.13.3.199. Acesso em: 10 abr. 2020.
SÜSSEKIND, Maria. Luiza. O que aconteceu na sala de aula?. Políticas, currículos e escritas nos cotidianos da formação de professores numa universidade pública. Revista Teias (Rio de Janeiro), v. 18, 2017, p. 134-148. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/30506. Acesso em: 10 abr. 2020.
SÜSSEKIND, Maria. Luiza.; GOMES, Ana. Cristina. Escolas, Violências e a Presença dos Corpos Negros Ausentes. In: ALBINO, Angela.; RODRIGUES, Ana. Claudia.; SÜSSEKIND, Maria. Luiza. Políticas Curriculares: desafios atuais. João Pessoa: Ed. UFPB, 2019. p. 41-63.