Parasita (s), contaminados, invisíveis, abissais

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.11331

Keywords:

currículo – invisibilidade – necropolítica

Abstract

Este artigo foi escrito a seis mãos durante o período de pandemia de coronavírus ao longo dos meses de março e abril do ano de 2020, envolvendo contatos exclusivamente virtuais entre autores. Considera o contexto de pandemia e os debates propostos pelo filme Parasita (BONG, 2019), tecendo forte crítica anticapitalista, e argumenta que as criações de praticantes dos currículos nas escolas são conhecimentos e solidariedades que abalroam as linhas abissais do ocidente capitalista, CISheteroBrancopatriarcal e colonial e desafiam os mapas necropolíticos. Conclui que há resistência e criação na arte e nos cotidianos escolares.

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Author Biographies

Maria Luiza Sussekind Verissimo, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Unirio

Professor Adjunto da Escola de Educação e do PPPGEdu da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Unirio Pesquisador Líder do GPPF/Grupo de Pesquisa Práticas Educativas e Formação de Professores Primeira Secretaria ANPEd. Pós doutor em currículo pela UBC, Canada 2013.

Graça Regina Franco da Silva Reis, Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ

Pesquisadora Universal/CNPq. APQ1 FAPERJ. Líder do Grupo de Pesquisa Conversas entre professores: alteridades e singularidades. Professora do Colégio de Aplicação da UFRJ e do Programa de Pós Graduação em Educação da UFRJ.

Francisco Pereira, Professor comunitário

Graduado em Ciências Sociais, bolsista de Apoio Técnico Universal CNPq e professor no pré-vestibular comunitário + Nós e Monitor de Sociologia no Descomplica.

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Published

2020-07-01

How to Cite

Verissimo, M. L. S., Reis, G. R. F. da S., & Pereira, F. (2020). Parasita (s), contaminados, invisíveis, abissais. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 37(2), 487–509. https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.11331

Issue

Section

Dossiê IMAGENS: RESISTÊNCIAS E CRIAÇÕES COTIDIANAS (FIM)