Formação de educares(as) ambientais em um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
reflexões a partir do olhar dos(as) licenciandos(as)
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v40i2.14729Keywords:
Environmental Education, Training for Biology Teachers, Macro Trends in Environmental EducationAbstract
Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar se e como é abordada a Educação Ambiental (EA) dentro do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas de uma Universidade Federal do Sul de Minas Gerais. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa com estudantes ingressantes e com prováveis formandos do curso. Esses estudantes responderam a um questionário e suas respostas foram analisadas com base nas três macrotendências de EA no Brasil apontadas por Layrargues e Lima (2014). Após análise, percebemos - diferenças na compreensão das e dos estudantes ingressantes e das e dos formados. Enquanto os ingressantes no curso apresentam, de forma geral, uma perspectiva que se aproxima das tendências conservacionista e pragmática, que são conservadoras, os prováveis formandos, em sua maioria, apresentam perspectiva que se aproxima da tendência crítica, que, segundo seus relatos, consolidou-se durante a sua formação, sobretudo, nos componentes curriculares: estágios supervisionados, metodologias de ensino e programas de iniciação à Docência, como o PIBID e Residência Pedagógica. Ressaltamos assim, a importância da formação de professores, educadores ambientais, nesta perspectiva, sujeitos determinantes para inserção da EA na escola e na sociedade.
Downloads
References
ABREU, Daniela Gonçalves de; CAMPOS, Maria Lúcia; AGUILAR, Márcia BR. Educação ambiental nas escolas da região de Ribeirão Preto (SP): concepções orientadoras da prática docente e reflexões sobre a formação inicial de professores de química. Química Nova, v. 31, n. 3, p. 688-693, 2008.
ARROYO, MIGUEL. Paulo Freire: outro paradigma pedagógico?. Educação em Revista, v. 35, 2019.
BERNARDES, Maria Beatriz Junqueira; PRIETO, Élisson Cesar. Educação Ambiental: disciplina versus tema transversal. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 24, 2010.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PEREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2011. 127 p.
CONTRERAS, José. Autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.
COSTA, César Augusto; LOUREIRO, Carlos Frederico. Os movimentos sociais e a questão ambiental na perspectiva de Enrique Dussel. Argumentum, v. 8, n. 1, p. 140-157, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2020.
GUIMARÃES, Simone Sendin Moreira; INFORSATO, Edson do Carmo. A percepção do professor de Biologia e a sua formação: a Educação Ambiental em questão. Ciência & Educação (Bauru), v. 18, n. 3, p. 737-754, 2012.
LAYRARGUES, Philippe Pomier. A conjuntura da institucionalização da Política Nacional de Educação Ambiental. OLAM-Ciência & Tecnologia. Rio Claro, v. 2, n. 1, p. 1-14, 2002.
LOUREIRO, C. F. B. Contribuições teórico-metodológicas para a educação ambiental com povos tradicionais. Ensino, Saude e Ambiente, 4 jun. 2020.
LOUREIRO, Carlos Frederico B. Premissas teóricas para uma educação ambiental transformadora. Ambiente & Educação, v. 8, n. 1, p. 37-54, 2003.
LAYRARGUES, Philippe Pomier; LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. As macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira. Ambiente & Sociedade, v. 17, n. 1, p. 23-40, 2014.
LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. Educação ambiental crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 35, n. 1, pág. 145-163, abril de 2009.
LOPES, Priscila Amaro; LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Referências e sentidos da educação ambiental crítica nos Encontros de Pesquisa em Educação Ambiental–EPEAs. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 39, n. 1, p. 49-72, 2022.
LOUREIRO, Carlos Frederico B. et al. Contribuições da teoria marxista para a educação ambiental crítica. Cad. CEDES, Campinas, v. 29, n. 77, p. 81-97, Apr. 2009.
MACIEL, Eloisa Antunes; UHMANN, Rosangela Inês Matos. Educación Ambiental y caracterización de teorías curriculares en eventos de Biología. Bio-grafía, v. 15, n. 29, 2022.
MINAYO, Maria Cecília de Sousa. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2002.
MOREIRA, Glaucio Alã Vasconcelos; GONÇALVES, Manuel Vitor Portugal; DA PORCIÚNCULA, Débora Carol Luz. O compromisso social da Educação Ambiental no âmbito da escassez hídrica. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 17, n. 2, p. 389-414, 2022.
PANIAGO, Maria Cristina Soares. Capital, controle social e participação autônoma dos trabalhadores no capitalismo em crise. Revista Katálysis, v. 15, n. 1, p. 122-130, 2012.
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade entre teoria e prática. Cadernos de pesquisa, n. 94, p. 58-73, 2013.
SANTOS, Edinalva Alves Vital dos; VASCONCELOS, Maria Tatiany Oliveira. A Educação Ambiental no ensino básico através das intervenções do PIBID e as contribuições do programa para a formação docente. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 13, n. 1, p. 51-65, 2018.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Educação ambiental: natureza, razão e história. Campinas: Autores Associados, 2008.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Temas ambientais como" temas geradores": contribuições para uma metodologia educativa ambiental crítica, transformadora e emancipatória. Educar em revista, p. 93-110, 2006.
TREIN, Eunice Schilling. A educação ambiental crítica: crítica de quê?. Revista Contemporânea de Educação, v. 7, n. 14, 2012.
VEIGA, Alinne; AMORIM, Érica; BLANCO, Mauricio. Um retrato da presença da educação ambiental no ensino fundamental brasileiro. Textos para discussão, n. 21, p. 25-25, 2005.
ZIMMERMANN, Erika; BERTANI, Januária Araújo. Um novo olhar sobre os cursos de formação de professores. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 20, n. 1, p. 43-62, 2003.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.