Lugares invisíveis: imagens de resistências de mulheres migrantes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.11362

Palabras clave:

Migração. Educação Ambiental. Políticas Públicas

Resumen

Este artigo objetiva apresentar imagens de migração de mulheres migrantes via interpretação de suas percepções inscritas nas invenções do seu cotidiano como táticas de resistência. À luz da Educação Ambiental, adotamos neste artigo a metodologia Cartografia do Imaginário com o propósito de interpretar as imagens poéticas existentes no fazer fenomenológico bachelardiano e com ela espera-se que seja possível entrever caminhos que resistam ao racismo, discriminação e a xenofobia. Contudo, cientes das contradições, invisibilidade e lugares de silêncio que tal grupo está inserido, procuraremos trazer à tona discussões sobre promoção de políticas públicas para mulheres, a partir do lugar de fala das migrantes, em interface com a Justiça Climática e Direitos Humanos. Narrativas individuais que evidenciam o colapso climático também serão consideradas e evidenciados neste trabalho. Palavras-chave: Migração. Educação Ambiental. Políticas Públicas.

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Biografía del autor/a

Denize Aparecida Rodrigues de Amorim, Universidade Federal de Mato Grosso

Mestra e doutoranda em Educação, na linha de pesquisa Movimentos Sociais, Política e Educação Popular, no Programa de Pós Graduação em Educação, no Instituto de Educação, na Universidade Federal de Mato Grosso com especialidade para âmbito em Educação Ambiental. Especialista em Avaliação em Políticas Públicas, em Controle Externo e em Elaboração de Projetos. Graduada em Engenharia Florestal. É da Carreira de Gestor Governamental no Governo do Estado do Mato Grosso, atuando nas áreas de Planejamento e Orçamento Público, Educação Ambiental, Avaliação de Políticas Públicas e Direitos Humanos.

Roberta Moraes Simione, Universidade Federal de Mato Grosso

Mestra em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso e Doutoranda em Educação no Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.

Michèle SATO, Universidade Federal de Mato Grosso

Professora Livre Docente da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT), doutora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), Lider do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA.

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Publicado

2020-07-01

Cómo citar

Amorim, D. A. R. de, Simione, R. M., & SATO, M. (2020). Lugares invisíveis: imagens de resistências de mulheres migrantes. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 37(2), 268–285. https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.11362

Número

Sección

Dossiê IMAGENS: RESISTÊNCIAS E CRIAÇÕES COTIDIANAS (FIM)