A educação ambiental do caminhar<br>The environmental education of walking<br>La educación ambiental del caminar

Autores

  • Júlio Corrêa de Resende Dias Duarte Instituto Federal do Mato Grosso - IFMT Grupo Pesquisador em Educação Ambiental e Arte - GPEA/UFMT
  • Michèle Sato Professora PPGE/UFMT GPEA
  • Araceli Serantes Pazos Universidade da Coruña

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v35i3.8111

Palavras-chave:

Educação Ambiental, Travessias a pe, Fenomenologia

Resumo

Diante das desiguldades sociais e das injustiças ambientais, compreendemos que a educação ambiental deve servir como resistência às opressões das sociedades do progresso, bem como contribuir para a criação de novas perspectivas pedagógicas. Para além da educação formal, os aprendizados acontecem nos mais variados espaços e momentos da vida. De fato, as pessoas ensinam e aprendem por meio do diálogo e do compartilhamento de sentidos e experiências no mundo. Partindo deste contexto, este artigo busca interpretar os aprendizados dos caminhantes em longas travessias, por meio de um diálogo epistemológico com a educação ambiental. Com base em uma metodologia fenomenológica de imersão nas experiências, realizamos uma participação observante. Caminhamos por mais 1000 quilômetros pela Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, percorrendo variadas rotas e travessias, dialogando com outros caminhantes e residentes. Por meio desta investigação, entedemos que subjaz por detrás destas travessias uma educação ambiental do caminhar, que é propícia à resistência às opressões, à problematização da realidade, ao diálogo entre os povos e ao aprendizado colaborativo. As longas caminhadas são, portanto, em nossa perspectiva, uma alternativa pedagógica que pode contribuir para novas possibilidades sociais e ambientais. Faced with social inequalities and environmental injustices, we understand that environmental education must be a resistance to the oppressions of progress societies, as well as a contribution to the creation of new pedagogical perspectives. In addition to formal education, learning takes place in the most varied spaces and moments of life. In fact, people teach and learn through dialogue and sharing meanings and experiences throughout the world. Within this context, the article seeks to interpret the learning of walkers in long crossings, through an epistemological dialogue with environmental education. Based on a phenomenological methodology of immersion in the phenomenon, we performed an observant participation. We walked for over a 1000 kilometers through the Serra do Espinhaço, in Minas Gerais, Brasil, crossing several routes, dialoguing with other walkers and residents. Through this research, we underline that behind these crossings lies an environmental education of walking, which helps resistance to oppression, problematization of reality, dialogue between different cultures and also collaborative learning. The long walks are therefore, in our perspective, a pedagogical alternative that can contribute to new social and environmental possibilities. Ante las desigualdades sociales y las injusticias ambientales, comprendemos que la educación ambiental debe servir como resistencia a las opresiones de las sociedades del progreso, así como contribuir a la creación de nuevas perspectivas pedagógicas. Además de la educación formal, los aprendizajes se desarrollan en los más variados espacios y momentos de la vida. De hecho, las personas enseñan y aprenden a través del diálogo y por compartir los sentidos y las experiencias en el mundo. A partir de este contexto, el artículo busca interpretar los aprendizajes de los caminantes en largas travesías, a través de un diálogo epistemológico con la educación ambiental. Con base en una metodología fenomenológica de inmersión en las experiencias, realizamos una participación observante. Caminamos por 1000 kilómetros por la Serra do Espinhaço, en Minas Gerais, Brasil, recorriendo variadas rutas y travesías, dialogando con otros caminantes y residentes. Por medio de esta investigación, entendemos que hay por detrás de estas travesías una educación ambiental del caminar, que es propicia a la resistencia a las opresiones, a la problematización de la realidad, al diálogo entre los pueblos y al aprendizaje colaborativo. Las largas caminatas son, por lo tanto, en nuestra perspectiva, una alternativa pedagógica que puede contribuir a nuevas posibilidades sociales y ambientales.

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Biografia do Autor

Júlio Corrêa de Resende Dias Duarte, Instituto Federal do Mato Grosso - IFMT Grupo Pesquisador em Educação Ambiental e Arte - GPEA/UFMT

​Professor - IFMT Doutorando em Educação - UFMT Pesquisador - GPEA Mestre em Turismo e Meio Ambiente - UNA-MG

Michèle Sato, Professora PPGE/UFMT GPEA

MICHÈLE SATO é licenciada em Ciências Biológicas (São Paulo: UNISA, 1982), mestre em Filosofia (Norwich: University of East Anglia, 1992), doutora em ciências (São Carlos: UFSCar, 1997), pós-doutorado em Educação (Université du Quèbec à Montréal, Canadá, 2007), pós-doutorado em educação na Universidade A Coruña, Espanha, 2014). É docente titular no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pesquisadora do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA). Principais áreas de atuação: educação ambiental, ecofenomenologia, artes, direitos humanos, mitopoética e epistemologia popular.

Araceli Serantes Pazos, Universidade da Coruña

Filosofía e Ciencias da Educación –especialidade en Intervención Socioeducativa– na Universidade de Santiago de Compostela (1983-88). Fixen os curso de Doutoramento en Filosofía e CC. da Educación na UNED (1988-90) e de Innovación e Investigación Educativa na Universidade da Coruña (1995-97).

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Publicado

2018-12-20

Como Citar

Duarte, J. C. de R. D., Sato, M., & Pazos, A. S. (2018). A educação ambiental do caminhar<br>The environmental education of walking<br>La educación ambiental del caminar. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 35(3), 94–113. https://doi.org/10.14295/remea.v35i3.8111

Edição

Seção

Artigos