Educações inversas e ecologias infernais: experiências para pensar as educações ambientais a partir dos contos de horror do Heavy Metal de King Diamond

Autores

  • Rodrigo Barchi Universidade de Sorocaba

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v34i1.6786

Palavras-chave:

Educações inversas, ecologias infernais, educações ambientais, King Diamond

Resumo

O conceito de ecologia infernal sugere uma ecologia anárquica, libertária, indisciplinada, inversa, menor e de resistência, insubmissa à imposição de condutas e à uma educação ambiental sedentária, cristalizada e fascista. Essa noção de infernal é discutida e potencializada, neste ensaio, a partir dos diálogos que Fadigas (2003) realiza entre a educação e a inversão do platonismo na obra de Deleuze, da discussão que Gallo (2003) e Godoy (2008) fazem da educação e da ecologia, respectivamente, com o conceito de menor no pensamento de Deleuze e Guattari, e da proposta de educações infernais e profanas em Corazza (2002) e Larossa (2006). Como exercício e experimentação do pensamento dessas ecologias infernais, em seus encontros e conexões com as educações inversas, esse texto propõe um diálogo com as histórias de horror contadas em dois álbuns da banda de Heavy Metal King Diamond.

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Biografia do Autor

Rodrigo Barchi, Universidade de Sorocaba

Coordenador do Curso de Geografia da Universidade de Sorocaba Doutor em História e Filosofia da Educação (UNICAMP) Mestre em Educação (UNISO) Especialista em Educação Ambiental (EESC-USP) Geógrafo Licenciado (UNISO)

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Publicado

2017-05-04

Como Citar

Barchi, R. (2017). Educações inversas e ecologias infernais: experiências para pensar as educações ambientais a partir dos contos de horror do Heavy Metal de King Diamond. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 34(1), 311–329. https://doi.org/10.14295/remea.v34i1.6786

Edição

Seção

Artigos