Ecopolítica: um novo horizonte para a biopolítica

Autores

  • Alfredo Veiga-Neto

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.4860

Palavras-chave:

Michel Foucault, Governamentalidade, Disciplina, Biopoder, Neoliberalismo, Ecopolítica.

Resumo

Discutem-se os conceitos foucaultianos de biopoder e biopolítica, em termos de suas origens, usos e imbricações com a Modernidade e com a formação dos Estados modernos. Argumenta-se que a ecopolítica representa um novo horizonte e uma ampliação da biopolítica, na medida em que estende, do humano para o planetário, o papel conferido à vida. Para alguns autores, pode-se alargar a ecopolítica até mesmo para fora do nosso planeta. Em sintonia Foucault — que inscreveu a biopolítica no quadro mais amplo de uma história da governamentalidade liberal —, sugere-se inscrevermos a ecopolítica no marco da governamentalidade neoliberal, de modo a falarmos até mesmo em uma ecogovernamentalidade. Articulando a ecopolítica e a ecogovernamentalidade com o colapso do espaço e a progressiva desfronteirização contemporânea, sugere-se que é importante e urgente ressignificarmos o mais profundamente possível as relações entre o humano e o ambiental. Discute-se a problemática apropriação que o neoliberalismo tem feito da ecopolítica bem como o caráter controlador, autoritário, utilitarista e excludente de certas práticas e políticas dirigidas à preservação ambiental e à ecologia. São feitos comentários sobre algumas relações entre a ecopolítica e a educação.

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Biografia do Autor

Alfredo Veiga-Neto

Mestre em Genética e Doutor em Educação. Professor Titular do Departamento de Ensino e Currículo e Professor Convidado Permanente do PPG-Educação, da Faculdade de Educação da UFRGS, Porto Alegre, RS.

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Publicado

2014-12-16

Como Citar

Veiga-Neto, A. (2014). Ecopolítica: um novo horizonte para a biopolítica. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 208–224. https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.4860