A cidade do Rio Grande e sua natureza na visão de um cronista do século XIX<BR>The Rio Grande and its nature in the vision of a nineteenth-century chronicler

Autores

  • Diego Mendes Cipriano Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Carlos Roberto da Silva Machado Universidade Federal do Rio Grande - FURG

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v31i1.4280

Palavras-chave:

natureza, representações, Saint-Hillaire

Resumo

Neste artigo, foram analisados alguns aspectos dos relatos do viajante naturalista Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), alusivos às impressões que o mesmo registrara sobre a paisagem da recém-constituída cidade do Rio Grande-RS, no sentido de apreender os valores que o mesmo atribuiu à natureza em alguns espaços desta nascente urbe. Para isso, situamos a sua produção ao contexto histórico em que estava imerso o viajante, tanto no que tange à cidade como no relacionado ao panorama europeu, com sua visão de mundo e concepções de homem ocidental que era. Apreendemos em Saint-Hilaire uma íntima relação entre os seus valores éticos e estéticos, na medida em que a apreciação negativa que ele fez da paisagem rústica ou virgem – o feio – esteve enraizado na idéia de atraso civilizacional.

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Biografia do Autor

Diego Mendes Cipriano, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Historiador e Mestre em Educação Ambiental pelo PPGEA - Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental.

Carlos Roberto da Silva Machado, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Professor Doutor em Políticas Públicas Educacionais e Ambientais do PPGEA - Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental.

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Publicado

2014-07-31

Como Citar

Cipriano, D. M., & Machado, C. R. da S. (2014). A cidade do Rio Grande e sua natureza na visão de um cronista do século XIX<BR>The Rio Grande and its nature in the vision of a nineteenth-century chronicler. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 31(1), 231–251. https://doi.org/10.14295/remea.v31i1.4280

Edição

Seção

Artigos