Mudança climática e os riscos de um futuro ecofascista em O Conto da Aia
uma leitura histórica e ecocrítica
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v40i3.15809Palavras-chave:
Ecocrítica, Mudança climática, Literatura, HistóriaResumo
Buscamos refletir sobre a contribuição d’O Conto da Aia, de Margaret Atwood (1985) e de suas literariedades para a reflexão sobre os riscos políticos e sociais que a mudança climática pode gerar, tais como a emergência de um regime político ecofascista. Fazemos apontamentos sobre o livro publicado em 1985 e da série iniciada em 2017, prestando atenção na natureza de cada uma das produções. Entendemos a obra como um produto de cultura da mídia e como um texto ambiental que pode ser interpretado a partir de uma leitura que articula análise histórica e ecocrítica, no contexto contemporâneo de ecoansiedade. A obra permite perceber como produções culturais podem ser importantes meios para perceber como o tema da mudança climática e da crise ambiental têm gerado metáforas sobre os riscos da mudança climática no passado e no presente e suas consequências sociopolíticas.
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