CONCEPÇÕES INFANTIS SOBRE A PALAVRA DURANTE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.14295/momento.v30i01.12738Resumo
No presente artigo, dados de segmentação vocabular, produzidos durante a alfabetização, foram descritos e analisados com vistas à discussão concernente a aspectos relevantes para a constituição da noção de palavra durante o período inicial de desenvolvimento da escrita. Objetiva-se verificar quais são as hipóteses de escrita infantil no que diz respeito aos limites gráficos entre as palavras para analisar como a criança em fase de alfabetização evolui até chegar à demarcação de fronteiras vocabulares conforme a norma, bem como ao entendimento do que constitui uma palavra. Os dados apresentados são referentes a duas crianças pertencentes ao 3º ano de alfabetização de uma escola pública, coletados por meio de entrevistas que visaram indagar sobre o que a criança entendia ser uma palavra (CARRAHER, 1989). A interpretação das respostas teve o suporte da teoria dos constituintes prosódicos (NESPOR; VOGEL, 1986). Os resultados da análise mostraram que, de modo geral, a criança pode oscilar ou manter as concepções iniciais sobre o que seja uma palavra como o entendimento que cada sílaba constitui uma palavra. No entanto, para a inteligibilidade do que está escrito, a segmentação vocabular parece assumir importância para a leitura segundo as explicações infantis. Evidenciando, assim, o quanto a trajetória da criança em direção à palavra escrita não é linear e apresenta multiplicidade de acepções.
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