EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O ECOTURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: UM NEXO ONTOLÓGICO

Autores

  • Laura Marina Jaime Ramos Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Sandra de Fátima Oliveira Instituto de Estudos Sócio-ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v20i0.3833

Palavras-chave:

Educação Ambiental, Unidades de Conservação, Ecoturismo e Plano de Manejo.

Resumo

Este artigo apresenta, a luz de elucidações teóricas, a importância da Educação Ambiental (EA) nas Unidades de Conservação (UCs), principalmente no que diz respeito às suas apropriações turísticas. Estas têm sido recorrentemente consideradas apenas sob seu aspecto econômico, esquecendo-se de seu caráter de prática social conservacionista. Nosso intuito, portanto, é fundamentar o pensamento de que o Ecoturismo nas UCs tem como pressupostos conceitual, ético e legal, a formação de um sujeito ecológico, possibilitada pela EA. O trabalho se configura como uma Pesquisa Bibliográfica e Documental, elaborada a partir das discussões propostas por pesquisadores e estudiosos das áreas de conhecimento específicas que o fundamentam: UCs, EA e Ecoturismo. Esses apontamentos são oriundos do arcabouço teórico de uma pesquisa empírica, em nível de mestrado, desenvolvida entre os anos de 2004 e 2006, no Programa de Pesquisa e Pós-graduação do Instituto de Estudos Sócio-ambientais da Universidade Federal de Goiás. Conciliar atividades antrópicas à conservação de UCs constitui-se um dos desafios da atualidade. O Ecoturismo pode ser uma alternativa, quando propõe a aproximação entre o ambiente natural, a população do entorno das UCs, os turistas, os gestores da atividade, o Estado e os benefícios econômicos. Na oportunidade do contato direto e uma vivência com a natureza, permeada pela prática da EA, o ecoturismo pode despertar nos sujeitos uma nova percepção ambiental, voltada ao reencontro, ao respeito e a unicidade com a Natureza, com a base da Vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Laura Marina Jaime Ramos, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2006) .

Sandra de Fátima Oliveira, Instituto de Estudos Sócio-ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Professora Doutora nível Associada I do Instituto de Estudos Sócio-ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Educação Ambiental e Transdisciplinaridade e do curso de Especialização em Educação Ambiental do IESA/UFG.

Referências

BARROS, M. I. A.; DINES M. Mínimo impacto em áreas naturais: uma mudança de atitude. In:

SERRANO, C. (org) A Educação pelas pedras. São Paulo: Chronos, 2000.

BRASIL. EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo; M.M.A. - Ministério do Meio Ambiente,

dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Diretrizes para uma Política Nacional do Ecoturismo.

Grupo de trabalho Interministerial: EMBRATUR/IBAMA. Brasília: 1994.

BRASIL. Lei 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política

Nacional de Educação Ambiental e outras providências. Brasília, D.F.

_______. Lei 9.985 de 18 de julho de 2000. Institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza e dá outras providências. Brasília, D.F.BRASIL.

BRITO, M.C.W. Unidades de Conservação: intenções e resultados. 2ª ed. São Paulo: Annablume:

Fapesp, 2003.

IRVING, M. A; AZEVEDO, J. Turismo: O Desafio da Sustentabilidade. São Paulo: Futura, 2002.

MOSCOVICI, S. Sociedade Contra Natureza. Petrópolis, R.J: Vozes, 1975.

OLIVEIRA, L. Ainda sobre Percepção, Cognição e Representação em Geografia. In:

MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (Org.). Elementos de Epistemologia da Geografia Contemporânea.

Curitiba: UFPR, 2002, p.189-196 (a).

OLIVEIRA, S. F. Unidades de Conservação (UCs): Contexto histórico e a realidade de Goiás. In:

ALMEIDA, M.G. Abordagens geográficas de Goiás: o natural e o social na contemporaneidade.

Goiânia, 2002 (b).

RAMOS, L.M.J.; OLIVEIRA, S.F. A educação ambiental como instrumento para o

desenvolvimento do ecoturismo nas RPPNs. In: X Encontro de Turismo com base local, 2004,

Curitiba: UNICENP. Anais...2004.

SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2002.

___________. Metamorfoses do Espaço Habitado. 3ª Ed. São Paulo: HUCITEC, 1994.

SATO, M. Educação para o Ambiente Amazônico. 1997. 239p. Tese de Doutorado. PPG-ERN,

UFSCar, São Carlos.

SERRANO, C. (org) A Educação pelas pedras. São Paulo: Chronos, 2000.

SOUZA, L.C.T. de; COELHO, S.S. Aplicação Metodológica de Mapas Mentais em estudos da

Percepção Ambiental com ênfase no Planejamento Turístico. [S.n.t.]

TEIXEIRA, S.K.; NOGUEIRA, A.R.B. A Geografia das Representações e sua aplicação

pedagógica: contribuições de uma experiência vivida. REVISTA DO DEPARTAMENTO DE

GEOGRAFIA, São Paulo: Humanitas Publicações FFLCH/USP, n.13, p.239-257, 1999.

TILBURY, D. Environmental education for sustainability: defining the new focus of environmental

education in the 1990s. Environmental Education Research, v.1, n.2, p.195-212,1995.

WESTERN, D. Definindo Ecoturismo. In: LINDENBERG, K.; HAWKINS, D. E. Ecoturismo: um

guia para planejamento e gestão. Tradução: Leila Cristina Darin; 3ª ed. São Paulo: SENAC, 2001.

Downloads

Publicado

2013-09-09

Como Citar

Ramos, L. M. J., & Oliveira, S. de F. (2013). EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O ECOTURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: UM NEXO ONTOLÓGICO. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 20. https://doi.org/10.14295/remea.v20i0.3833