OLHAR INTERSECCIONAL PARA A INCLUSÃO DE UMA ALUNA NEGRA DIAGNOSTICADA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/rdsis.v26i1.16634

Resumo

A interseccionalidade surge como uma ferramenta valiosa para compreender e abordar os desafios de inclusão enfrentados na Educação Física. O presente trabalho tem como objetivo analisar as aulas de Educação Física para uma aluna negra diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista de primeiro ano do ensino fundamental, relacionando com a vontade de uma Educação Física inclusiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Para realizar essa análise o presente trabalho se propôs a realizar entrevistas de caráter semi-estruturadas com os estagiários que atuaram com a aluna em questão, assim como o professor responsável pelo estágio e a professora de sala da turma da aluna. Os dados coletados foram então analisados, com a ferramenta de análise de conteúdo e organizado em três categorias:  sentimentos em relação a aluna; planejamento das aulas; e relação autismo e pessoa negra. Foi utilizada a análise a partir da óptica interseccional a fim de identificar barreiras e facilitadores no processo de inclusão da aluna, assim como também suas necessidades específicas. Conclui-se que a inclusão deve ser um esforço coletivo e contínuo, envolvendo todos os atores da comunidade escolar e a implementação de políticas públicas que garantam a inclusão. A Educação Física pode ser uma ferramenta poderosa para a promoção da inclusão e da diferença na escola, desde que seja realizada com comprometimento.

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Biografia do Autor

Lucas Gonçalves Poli, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Profissional de Educação Física - Licenciado e bacharelado pela Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEFID/UFRGS). Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCMH/UFRGS). Experiência na área do treinamento complementar com público geral e atletas de variados contextos e esportes, com grande ênfase na aplicação e disseminação de teorias em sistemas complexos sobre o comportamento e controle motor humano.

Roseli Belmonte Machado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

É professora Adjunta na Escola de Educação Fisioterapia e Dança da Universidade Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Publicado

27-11-2024

Como Citar

Gonçalves Poli, L., & Machado, R. B. (2024). OLHAR INTERSECCIONAL PARA A INCLUSÃO DE UMA ALUNA NEGRA DIAGNOSTICADA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO FÍSICA. Revista Didática Sistêmica, 26(1), 260–276. https://doi.org/10.14295/rdsis.v26i1.16634

Edição

Seção

Artigos de Fluxo Contínuo