INCLUSÃO LINGUÍSTICA COMO ESTRATÉGIA DE GOVERNAMENTO DE PESSOAS SURDAS
DOI:
https://doi.org/10.14295/rds.v25i2.15411Resumo
Neste artigo, discute-se estratégias de governamento de pessoas surdas a partir de um processo de inclusão linguística. À luz de Estudos Foucaultianos, Estudos Surdos em Educação e estudos em políticas linguísticas, são discutidos resultados de uma pesquisa que mapeou documentos oficiais em quatro conjuntos de países: 10 países de língua espanhola da América e da Europa; seis países de língua francesa da América e da Europa; oito países de língua inglesa da África, da América, da Europa e da Oceania; e oito países de língua portuguesa da África, da América e da Europa. Observa-se que diferentes países não apresentam políticas de línguas de sinais explícitas, o que não significa que práticas com essas línguas não ocorram em seus territórios. Argumenta-se que, apesar disso, as línguas de sinais ainda dependem de empreendimentos institucionais para que a sua aprendizagem e o seu efetivo uso na sociedade sejam possíveis.